Agentes intensificam ações contra a dengue na região Noroeste do Rio Grande do Sul

Agentes intensificam ações contra a dengue na região Noroeste do Rio Grande do Sul

Objetivo é reduzir a infestação do Aedes aegypti

Felipe Dorneles

Mutirão contra a dengue em Santa Rosa, onde o índice de infestação é de 1,1%

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Agentes de endemias de municípios do noroeste gaúcho intensificam as ações de prevenção a dengue. O objetivo é reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti nas cidades. Em Santo Ângelo, o índice é de 2,14%. Este número é do último Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado em dezembro do ano passado. O próximo deve iniciar ainda nesta semana. O índice máximo recomendado pelo Ministério da Saúde é de 1%.

Na semana passada, ocorreu mutirão nos bairros União e Harmonia. A coordenadora da Vigilância Ambiental, Selenir Arruda, lembra que a ação é preventiva. “No ano passado tivemos 493 casos de dengue e dois óbitos. Por isso, a importância da ação preventiva. Os casos costumam aparecer em maior número entre os meses de dezembro e março”, afirma. Neste verão, Santo Ângelo teve apenas um caso suspeito de dengue, que não se confirmou.

No mutirão, os agentes visitaram residências, eliminando criadouros. Também orientaram moradores quanto ao recolhimento de entulhos, que foi realizado na sexta-feira, por equipes da prefeitura e Exército. Nesta semana, os mutirões serão retomados com visitas nos bairros Rosenthal, Santo Antônio e Boa Esperança.

Em Santa Rosa, a Fundação Municipal da Saúde alerta que além do novo coronavírus, a dengue também preocupa. Na cidade, o índice de infestação do Aedes aegypti é de 1,1%. Nesse ano, Santa Rosa teve seis casos suspeitos de dengue – quatro descartados e dois em investigação. Segundo a diretora de Atenção Primária a Saúde, Fabiana Breitenbach, o número parece pequeno, mas as pessoas devem ficar em alerta.

“Nós precisamos muito do apoio da comunidade na prevenção, pois o mosquito só se prolifera se tiver água parada, então o apoio da população é fundamental. Lembrando que março e abril sempre são os meses com mais casos”. Ela destaca também que o calor e a chuva são fatores que causam aumento no número de focos. “Precisamos que cada um faça sua parte para evitar que tenhamos muitos casos da doença”, finaliza.

Os agentes comunitários de saúde e os agentes de endemias mantem um trabalho diário de prevenção e combate à dengue. A cada dois meses as equipes da Fundação visitam, pelo menos, 30 mil casas, com orientação e fiscalização. Toda a segunda-feira também são feitos trabalhos de recolhimento de lixo eletrônico e pneus, em conjunto com a Secretaria de Obras. Em 2020, Santa Rosa teve 371 notificações de dengue, sendo 216 casos confirmados, sem mortes.


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