Análise de esgoto em São Leopoldo mostra aumento de 2000% na circulação do vírus

Análise de esgoto em São Leopoldo mostra aumento de 2000% na circulação do vírus

Material analisado foi coletado na última segunda-feira

Stephany Sander

Material coletada representou um aumento superior a 2000% na relação com amostras anteriores

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Foi divulgado nesta sexta-feira o resultado de mais uma coleta de amostra de esgoto da ETE Vicentina, em São Leopoldo, referente ao estudo que verifica a presença de coronavírus na rede. Os índices revelam um novo novo aumento da carga viral, indicando uma maior presença do vírus na população que contribui para o esgoto daquela região.

O material, coletado nesta segunda-feira, apresentou 1.675.628 (Cg/L), sendo o maior resultado, até então, da estação de tratamento. A quantidade de cópias genômicas por litro, da amostra do dia 1º de de fevereiro, de 1.535.990 (Cg/L), gerou um alerta à população local, pois, na época, representou um aumento superior a 2000% na relação com amostras anteriores.

De acordo com a diretora de Operação da autarquia, Viviane Feijó, esse resultado mostra o aumento do contágio no município de São Leopoldo. “Apesar de algumas variações, os resultados vêm em uma crescente, estando em acordo com o aumento da contaminação, registrado pela Secretaria de Saúde”, comenta.

As coletas ocorrem através de parceria do Semae, com o CEVS, FEPAM, UFRGS, FEEVALE, secretarias municipais, Demae, e Corsan. As coletas são realizadas na ETE Vicentina e as análises são realizadas no Laboratório de Microbiologia da UFRGS. A ETE Vicentina atende os bairros São Miguel e Centro, e parte dos bairros Santos Dumont, Rio dos Sinos e Vicentina, sendo responsável pelo tratamento de esgoto de cerca de 54 mil habitantes.

O estudo é importante porque acompanha a distribuição do contágio nas áreas monitoradas e esses dados podem ser utilizados para promover ações antes mesmo de serem registrados casos nas unidades de saúde.


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