Benjamin Constant do Sul adota parâmetros de bandeira preta após surto

Benjamin Constant do Sul adota parâmetros de bandeira preta após surto

Prefeitura decretou medidas restritivas na cidade devido à confirmação de 14 profissionais de UBS com coronavírus

Agostinho Piovesan

Desde o início da pandemia, Benjamin Constant do Sul teve 173 casos confirmados do novo coronavírus

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A Prefeitura de Benjamin Constant do Sul, no Norte do Estado, decidiu tomas medidas mais rígidas de combate ao novo coronavírus, após confirmar que os exames de 14 profissionais que atendem na Unidade Básica de Saúde (UBS) no Centro tiveram resultado positivo. Entre eles há três médicos e três técnicos de Enfermagem. “Temos 14 casos confirmados e 32 suspeitos, sendo que todos estão afastados das funções, isolados e com sintomas leves”, informou a secretária de Saúde, Nataliê Nazari.

Ela disse que, inicialmente, foi constatado que uma médica testou positivo e, depois, os demais servidores que trabalham no mesmo local e, por isso, a prefeitura, orientada pelo Ministério Público de São Valetim, decidiu adotar os parâmetros da bandeira preta na classificação de risco pelo decreto estadual. Segundo ela, permanecem funcionando apenas supermercados, unidades de saúde e posto de combustível. “As demais atividades estão suspensas por 15 dias, inicialmente, até podermos avaliar toda a situação, já que esse surto surgiu de forma repentina e precisamos ampliar a testagem das pessoas.”

O promotor de Justiça de São Valentim, Adriano Luís de Araújo, disse que a medida foi sugerida depois de o município identificar, tecnicamente, um surto da doença, que é quando há pelo menos dois casos confirmados no mesmo local de trabalho. Nessa situação, tornou-se necessária a adoção de medida rígida e imediata para conter a circulação do vírus e preservar a saúde dos moradores da cidade”, disse ele, destacando o trabalho de monitoramento do município.

O Comitê do Coronavírus tomou a decisão após ouvir o promotor e representantes da comunidade, do comércio, da indústria e da segurança pública. A secretária da Saúde afirma que as medidas são para tentar diminuir a transmissão do vírus e proteger a comunidade. “Temos uma população de 2,2 mil habitantes e metade são moradores de uma aldeia indígena, o que nos preocupa ainda mais e nos leva a ter o máximo de cuidado”, avalia.

Para suprir a carência de médicos, um profissional liberal dá atendimento à população. A previsão é de que na próxima segunda-feira a médica que havia testado positivo anteriormente volte a atender na UBS.


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