Comitê Técnico da Azonasul anuncia novas flexibilizações na região

Comitê Técnico da Azonasul anuncia novas flexibilizações na região

Prefeitos apontaram gargalos em setores considerados de alto risco para contaminação

Angélica Silveira

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Os prefeitos das cidades que integram a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) participaram nesta terça-feira junto com o Comitê Técnico Regional de Enfrentamento à Pandemia de uma reunião virtual. Após votações internas em uma das redes sociais da entidade foram definidas novas flexibilizações nas medidas sanitárias adotadas pela R21.

As alterações mais significativas se referem à liberação do número de integrantes de bandas musicais independentemente do número, desde que cumprido o distanciamento de dois metros entre eles (anteriormente eram permitidos somente quatro músicos); elevação no número de fiéis em cultos e missas que passa a ser de 35% dos assentos com distanciamento de dois metros entre as cadeiras (na norma antiga era 25%) e ainda aumento no número de alunos em academias e centros de treinamentos, sendo uma pessoa com máscara, para cada oito metros quadrados de área útil de circulação, respeitando o limite do PPCI (até agora a exigência é de 16m²).

A proposta que tratava da ampliação do horário de funcionamento de bares e restaurantes até a 1h não obteve aprovação mínima de dois terços do colegiado.

Durante a reunião, prefeitos apontaram alguns gargalos em setores considerados de alto risco para contaminação e que devem passar por mais fiscalização. Um dos exemplos citados pelo prefeito de Santana da Boa Vista, Garleno Alves (MDB), se refere a algumas lojas de conveniência de postos de combustíveis as quais estariam gerando e permitindo aglomerações. Outra preocupação é quanto à ocorrência de festas familiares e de jovens, que pode influenciar em aumento da infecção de Covid-19 entre os idosos, por exemplo.

Segundo o presidente da Azonasul e prefeito de Canguçu, Vinicius Pegoraro (MDB), as flexibilizações vão ocorrer na medida em que os panoramas de contaminações e óbitos apresentarem números decrescentes com bom senso e responsabilidade, equilibrando as medidas. “Queremos favorecer a economia, mas não podemos ser muito liberais a ponto de ter que voltar atrás. Queremos avançar degraus com segurança. A pior coisa que tem é um "vai e volta". A vacinação está avançando e isso já é um alento”, disse.

Pegoraro esclareceu que cada um dos prefeitos da R21 vai avaliar o seu cenário pandêmico e definir seus decretos, os quais já podem ser renovados, adotando integralmente as flexibilizações aprovadas por dois terços dos prefeitos ou sendo mais restritivo. Ele também lembrou que uma nova avaliação deve ser feita em 15 dias para mais flexibilizações.


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