Confirmada a segunda morte por dengue em Santa Cruz do Sul

Confirmada a segunda morte por dengue em Santa Cruz do Sul

Total de casos da doença no município chega a 678 desde o começo de 2021

Otto Tesche

publicidade

A Secretaria da Saúde de Santa Cruz do Sul confirmou a segunda morte por dengue entre moradores do município desde o início do ano. A vítima é uma mulher de 84 anos, moradora do bairro Senai. Ela faleceu no dia 15 de abril. O primeiro óbito pela doença ocorreu em 30 de março e a vítima também foi uma mulher, de 54 anos. Ela residia no bairro Pedreira. O total de casos da dengue no município chega a 678 desde o começo de 2021. Em todo o ano passado, foram apenas quatro. 

A Vigilância Sanitária do município recebe diariamente reclamações de moradores sobre possíveis locais de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Com o objetivo de reduzir a incidência do transmissor da doença, na semana passada houve a aplicação de fumacê no Centro e nos bairros Arroio Grande, Senai, Pedreira e Schulz, locais com maior número de casos. O inseticida foi disperso por um canhão de vapor, na caçamba de uma caminhonete. O mecanismo serve para eliminar insetos na fase adulta e que estejam voando. O Estado liberou a pulverização por Ultra Baixo Volume (UBV) para o trabalho.  

O produto não é tóxico, mas não pode ser comprado pela população. Para as residências, o recomendado é o uso de inseticida comum e repelentes. Segundo o coordenador da Vigilância Sanitária, Tainã Bartel, o Estado redirecionou as equipes que estavam em Erechim por causa do aumento no número de casos em Santa Cruz do Sul. “O fumacê é a última alternativa e tem eficácia de 20%. O mais importante é a eliminação de criadouros e larvas do mosquito por parte da população”, ressaltou.  

O aumento no número de casos foi percebido no início de março. Se o volume de registros seguir em alta, outras aplicações de fumacê não estão descartadas. A Vigilância Sanitária também realizou mutirões nas últimas semanas e está notificando moradores que desrespeitam as regras.  

Sintomas como febre alta súbita, dor no corpo, prostração, diarreia, dor abdominal, entre outros, têm levado muitas pessoas a buscar atendimento na rede de atenção básica em saúde. Embora os sinais sejam muito parecidos com os da Covid-19, em muitos desses casos o diagnóstico acabou revelando outra infecção: a dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Mas, diferentemente da Covid-19, a dengue não é associada a problemas respiratórios. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895