Cristal, Morro Redondo e Amaral Ferrador em situação de emergência devido à estiagem

Cristal, Morro Redondo e Amaral Ferrador em situação de emergência devido à estiagem

Municípios contabilizam prejuízos em razão das chuvas abaixo da média

Angélica Silveira

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Os municípios de Cristal, Morro Redondo e Amaral Ferrador decretaram situação de emergência em função da estiagem. Em Cristal, o decreto foi homologado no início desta semana pelo Governo do Estado. No interior do município, os prejuízos são grandes nas culturas de fumo, milho, soja, feijão e arroz, além dos setores de hortifrutigranjeiros e do gado de leite e de corte, e ambientais. Conforme o laudo técnico da Emater e da Secretaria de Agricultura, os prejuízos ultrapassam os R$ 20 milhões. A prefeitura começou a distribuição de água potável e a Secretaria Municipal de Obras já realizou a escavação de aproximadamente 30 poços de água em residências. Para novembro e dezembro eram esperados 140 milímetros de chuva em média, mas foram apenas 47 e 46 mm, respectivamente.

Em Morro Redondo é esperado que o governo do Estado homologue o decreto de situação de emergência ainda esta semana. Conforme dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em janeiro eram esperados 147 mm de chuva e caíram 47 mm. Já em novembro, choveu 57 mm e a previsão era 160; em dezembro foram 67, enquanto que a previsão era 144 mm. “Hoje nosso prejuízo estimado é de mais de R$ 4,8 milhões, mas a cada dia sobe mais este número, pois quem plantou não colheu e quem não plantou ficou com a divida dos insumos e da preparação da terra”, lamenta o coordenador da defesa civil municipal, Rodrigo Eslabão. No interior do município, 180 famílias estão com dificuldade pela falta de água. Destas, 160 já solicitaram água potável para tomar. As áreas mais afetadas são as plantações de milho, soja e feijão, além da bacia leiteira. “Falta a massa verde, o que acaba deteriorando o gado”, justifica. 

Em Amaral Ferrador, dos cerca de 6,3 mil moradores, 5,5 mil estão sentindo os efeitos da estiagem. A prefeitura fornece água potável para a população do interior. Os prejuízos passam de R$ 17,6 milhões, afetando 40% das plantações de feijão, milho, fumo e soja, além do gado corte e de leite. O coordenador da Defesa Civil, Jadir Vargas, diz que a homologação do decreto de emergência é aguardada para hoje. Segundo ele, a média de chuva mensal deveria ser de 140 milímetros, mas tem ficado entre 65 e 73 mm desde novembro.

Os municípios de Pedras Altas e Hulha Negra também decretaram emergência em razão das perdas geradas pela estiagem na região. 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895