Duplicação da RSC 287 será tema de audiência pública

Duplicação da RSC 287 será tema de audiência pública

Encontro no dia 15, em Restinga Seca, tratará da mobilização para que a obra comece também pela região Central do Estado

Correio do Povo

Contrato de concessão abrange os 204,5 quilômetros entre Tabaí e Santa Maria

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A Assembleia Legislativa realiza no próximo dia 15 audiência pública sobre a duplicação da RSC 287, que liga as regiões Metropolitana e Central do Estado. O encontro será às 18h, no Anfiteatro da Antônio Meneghetti Faculdade (AMF), no Recanto Maestro em Restinga Seca, e debaterá a proposta do Movimento pela Duplicação Total da 287.

A proposta é que o contrato de concessão dos 204,5 quilômetros da rodovia à Rota de Santa Maria, do Grupo Sacyr, seja revisto para que a obra comece, ao mesmo tempo, nas duas extremidades, ou seja, a partir de Santa Maria e a partir de Tabaí, indo em direção a Santa Cruz do Sul. O vereador de São João do Polêsine Claudio Spanhol (MDB), coordenador executivo do movimento, diz que a mobilização começou a ganhar corpo na região da Quarta Colônia quando a população tomou conhecimento de que, a partir de agosto do ano que vem, começará a pagar pedágio por uma obra que só poderá usufruir daqui a duas décadas. Pelo contrato assinado entre o Estado e a empresa, a região Central ficou no fim da fila. 

A mobilização começou com uma moção em apoio à causa proposta por Spanhol e aprovada pela Câmara de Polêsine. Depois, o vereador levou a iniciativa a uma reunião da Associação dos Municípios da Região Centro. Também defendeu a proposta em outros encontros na região. O deputado Valdeci Oliveira (PT) agendou a audiência pública, que terá a presença de prefeitos, vereadores, empresários e demais lideranças dos municípios. A reunião é aberta à comunidade e serão convidados para participar representantes do Estado e da concessionária. 

Spanhol também está recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado que será encaminhado ao governo, à Assembleia e à empresa. “Defendemos que a duplicação comece nos dois extremos ao mesmo tempo, vindo em direção ao centro. O contrato pode ser ajustado, por uma questão de justiça. Tem gente que vai pegar pedágio e não vai usar a estrada duplicada pelo tempo que vai demorar”, explica.

Segundo o edital, a duplicação começará pelos trechos urbanos, que ficam junto aos acessos aos seis municípios atravessados pela rodovia a partir de 2024. O plano prevê que os primeiros serão o de Santa Cruz do Sul e o de Tabaí, a partir do terceiro ano de concessão. Depois os de Candelária, Novo Cabrais, Paraíso do Sul e Santa Maria, um ano depois. Na sequência, terá início a obra dos trechos rurais, sendo que o primeiro será entre Tabaí e Santa Cruz do Sul, no sexto ano.

Em um segundo momento, serão duplicados o trecho entre Santa Cruz e Candelária, com previsão até 2030, e o trajeto entre Candelária e Novo Cabrais até 2031. Com isso, a rodovia estará 65% duplicada, com 133 quilômetros concluídos ao nono ano de concessão. Os trechos entre Novo Cabrais e Paraíso do Sul e de Paraíso do Sul a Santa Maria serão duplicados bem mais tarde, entre o 19º e 21º ano. Conforme o cronograma, quanto maior for o acesso de veículos nos 204,5 km, a escala de investimentos também será acelerada.


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