Escassez de chuvas no Norte do Rio Grande do Sul preocupa a Corsan
Empresa pública perfura poços artesianos e busca outros pontos de captação para garantir o abastecimento dos 900 mil consumidores da região
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Diante da escassez de chuvas e o baixo nível dos rios a captação de água para abastecer a população preocupa a Superintendência Regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), com sede em Passo Fundo, no Norte do Estado. Desde junho do ano passado até maio deste ano a região registra chuvas abaixo da média.
Segundo o superintendente Regional da Corsan, engenheiro civil Aldomir Antonio Santi, somente em junho e julho deste ano as precipitações foram consideradas normais. “Neste mês de setembro as chuvas são mais escassas e as previsões indicam pouca chuva até o final do ano, o que nos preocupa, pois já temos problemas em relação à captação de água em vários dos 70 municípios da nossa regional”, disse.
Santi informou que a companhia, na região, atua no sentido de perfurar poços artesianos e buscar outros pontos de captação, a fim de garantir o abastecimento dos 900 mil consumidores desta parte do Rio Grande do Sul. “Orientamos a população para que evite o desperdício de água, evitando lavar calçadas e veículos com água distribuída pela Corsan”, observa.
O superintendente informou que a companhia vem investindo em novos reservatórios e substituindo redes de distribuição de água, antigas, otimizando a estrutura de distribuição. Ele disse que até julho, apenas 30% da água na barragem da Corsan havia sido recuperada em Passo Fundo.
Santi afirma que a preocupação é grande quando se analisa a possibilidade concreta de escassez de chuvas nos próximos meses. “Está chegando o período de verão, com temperaturas elevadas e a preocupação com o abastecimento aumenta ainda mais”, afirma.
Em Frederico Westphalen, a Corsan já acionou o Sistema Fortaleza, estrutura alternativa de captação de água localizada em Seberi. A medida foi adotada em razão do baixo nível de água do rio Pardo, tradicional ponto de captação utilizado para abastecer a população local e ainda do vizinho município de Caiçara.
Segundo o gerente da Corsan local, Daniel Piovesan Uliana, o rio Pardo praticamente secou. “Não tivemos chuvas consistentes no município e região e isso provocou o comprometimento dos mananciais hídricos. “Desde já apelamos para que a população utilize a água de forma racional, a fim de evitarmos problemas de abastecimento mais adiante”, disse.
