Falta de chuva obriga Creluz a reduzir a geração de energia em sete usinas

Falta de chuva obriga Creluz a reduzir a geração de energia em sete usinas

Energia que deixa de ser gerada poderia abastecer sete mil famílias

Agostinho Piovesan

Rio Jaboticaba reduziu o nível de água em 60 por cento.

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As baixas precipitações pluviométricas e a consequente redução da vazão dos rios obrigou a Cooperativa de Geração e Distribuição de Energia (Creluz), com sede geral em Pinhal, no Norte do Estado, a reduzir em 60% a produção de energia elétrica nas sete usinas de geração instaladas. Segundo a direção da Creluz, a energia que deixa de ser gerada poderia abastecer 7 mil famílias.

Segundo o diretor técnico da cooperativa, o engenheiro eletricista Valdair Battisti, atualmente está sendo gerado aproximadamente 45% da capacidade total das usinas. “Para normalizar a geração, é necessário que o nível da água dos rios volte à normalidade e isso somente vai ocorrer depois de chuvas fortes e contínuas acima de 100 milímetros”, disse.

A baixa vazão dos rios afeta a geração nas usinas instaladas em Erval Seco, Taquaruçu do Sul, Cristal do Sul, Palmeira das Missões, Novo Tiradentes, Seberi e Crissiumal. Battisti informou que em períodos normais, com geração plena, as sete usinas produzem energia suficiente para abastecer cinco mil famílias. Ele observa que a redução da geração não afeta o fornecimento de energia, pois o sistema é interligado. “O Sistema Interligado Nacional (SIN) é um sistema de coordenação e controle, formado pelas empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, que congrega o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil”, explica.

O diretor técnico da cooperativa disse que no mês passado foram registradas precipitações que variaram de 30 a 100 milímetros, mas que não alteraram o quadro em relação à vazão dos rios. A Creluz conta com mais de 22 mil famílias associadas e atua em 33 municípios das microrregiões do Médio Uruguai e Celeiro.


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