Futuro do Parque do Caracol gera mobilização

Futuro do Parque do Caracol gera mobilização

Contrato de concessão com prefeitura vai até agosto de 2020

Correio do Povo

Estado não considera privatização do parque

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Lideranças políticas e empresariais de Canela estão preocupadas com o futuro do Parque Estadual do Caracol. O contrato de concessão firmado entre o governo gaúcho e a prefeitura termina em agosto de 2020. Em função da crise financeira do Estado, surgiram rumores de que o convênio não seria renovado e que o parque poderia ser entregue para a iniciativa privada. A Secretaria Estadual de Parcerias rechaça a possibilidade de privatização, mas diz que momentaneamente não há definição sobre a futura gestão.

As autoridades locais destacam que o parque, além do valor histórico e do potencial turístico, é importante fonte de receita para os cofres municipais. Em 2018, recebeu 350 mil visitantes e teve um faturamento de cerca de R$ 5 milhões. Do valor bruto, 80% ficam com o município e 20% são repassados ao Estado.

O temor de perder a administração do atrativo motivou a união de oito partidos políticos e de diversas entidades de Canela, que lançaram uma Carta Aberta em defesa da renovação do contrato de concessão. Em maio, a prefeitura enviou ofício ao Estado solicitando a prorrogação do contrato e a autorização para realização de parcerias com a iniciativa privada para equipar turisticamente o parque.

“O novo termo de concessão está pronto há vários meses. Só falta assinar”, afirma o prefeito Constantino Orsolin. Ele salienta que o valor repassado pelo Parque do Caracol aos cofres municipais é fundamental para a atividade turística local. Segundo ele, os R$ 3 milhões que sobram para Canela são a sobrevivência, emprego e renda de 45 mil pessoas. O Caracol está dentro do município e é a nossa maior marca. É a nossa identidade como povo, o nosso orgulho.”

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Canela, Ronaldo de Paula, reconhece que o Parque do Caracol carece de melhorias em infraestrutura, mas pondera que a ACIC irá sugerir a criação de um conselho gestor com representantes de setores da sociedade civil.

A Secretaria Estadual de Parcerias informa que a privatização é um processo de venda que não faz parte das alternativas sob análise para gestão de parques. Segundo a pasta, o governo avalia inclusive o pedido da Prefeitura de Canela, que foi enviado em maio, para concessão do Caracol para a iniciativa privada. “Todas as iniciativas serão amplamente debatidas com a comunidade e as autoridades locais.” Diz ainda reconhecer que o parque tem um potencial inestimável de atração de turismo, geração de desenvolvimento e prosperidade para Canela e região.


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