Greve atinge 73% das escolas municipais em Gravataí

Greve atinge 73% das escolas municipais em Gravataí

Movimento, que acontece desde segunda-feira, fechou totalmente 33 instituições escolares

Fernanda Bassôa

Professores e servidores de escolas acompanharam a discussão sobre as emendas propostas pelo Legislativo

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Trabalhadores da Educação de Gravataí completam o quarto dia de greve nesta quinta-feira, movimento que afeta 73% das escolas da rede municipal, segundo informações da prefeitura. A paralisação, que segue por tempo indeterminado e é coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação, é contra o Projeto de Lei encaminhado pelo prefeito Marco Alba que visa extinguir a assistência à saúde do funcionalismo, o Ipag Saúde. 

Nesta quinta, segue a agenda de mobilizações da categoria nos bairros com a intenção de reforçar a importância do plano de saúde dos servidores municipais. Na terça-feira, professores e servidores de escolas lotaram o Plenário da Câmara de Vereadores para acompanhar a discussão sobre as emendas propostas pelo Legislativo. “Nosso intuito é dialogar com a comunidade e demonstrar que o Ipag Saúde é importante para o funcionalismo. Cerca de 10 mil pessoas serão prejudicadas com sua extinção, o que vai aumentar ainda mais a fila do Sistema Único de Saúde”, destaca a presidente do sindicato, Vitalina Gonçalves.

O secretário de Administração, Alexsandro Vieira, comentou que o assunto vem sendo debatido há anos e que a extinção do plano de saúde não tem como intuito prejudicar os servidores ou deixá-los sem assistência. “Inclusive, criamos um Grupo de Trabalho com representantes da administração, do Ipag e dos dois sindicatos para encontrarmos uma alternativa confortável para todos. Para aderir a um plano de saúde sem carência, sem empecilhos e que contemple 100% dos servidores, não apenas a metade, como acontece atualmente.” 

Segundo Vieira, o Ipag Saúde foi criado sem critérios técnicos e o déficit de R$ 6,4 milhões, em 2018, foi o estopim para a elaboração do Projeto de Lei que hoje está na Câmara. “Ele não é adequado, não se sustenta.” Conforme dados da Prefeitura de Gravataí, das 75 escolas da rede, 33 estão totalmente paradas e outras 22 com greve parcial. Atualmente, 30 mil estudantes fazem parte do quadro escolar de Gravataí.


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