Hospital Centenário restringe serviços a partir de abril

Hospital Centenário restringe serviços a partir de abril

A grave crise financeira é apontada como motivo para a desativação de leitos de UTI

Stephany Sander

As restrições nos serviços do hospital passam a valer na segunda-feira

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Alegando ainda enfrentar grave crise, que impede o pagamento integral dos salários e horas extras dos trabalhadores pelo terceiro mês consecutivo, a Fundação Hospital Centenário, de São Leopoldo, restringirá mais serviços a partir da segunda-feira. Conforme a direção da instituição, as ações ocorrem por medida de segurança técnica e assistencial, e compreendem a desativação de leitos, tanto da UTI Adulto quanto da UTI Neonatal. Permanecerão em funcionamentos somente os leitos habilitados pelo Ministério da Saúde, sendo desativados os leitos de suporte, custeados pelo Centenário.

Assim, a UTI Adulto contará com seis leitos habilitados, sendo os quatro de apoio desativados. Já na Neonatal, são oito leitos habilitados e dois de apoio, além da unidade intermediária, que conta com seis leitos e dois de suporte. A demanda que ultrapassar o limite será cadastrada na Central de Leitos do Estado. Outra mudança que passa a valer no dia 1º de abril é o fechamento da Clínica de Internação Cirúrgica. Os pacientes serão alocados em outra clínica. O Centenário já está com horário de restrito dos serviços de técnico gessista no turno das 19h às 7h. Em casos de necessidade de colocação de gesso em fraturas, os pacientes estão sendo encaminhados para outros hospitais da região.

A direção do Hospital Centenário, em conjunto com a administração municipal, afirma que intensificou esforços no sentido de buscar aporte de recursos para superar a grave crise financeira que ameaça a continuidade do funcionamento do hospital. Conforme a direção, somente em março, ocorreram três reuniões com a equipe do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA) do Estado. Nova reunião deve ocorre na segunda-feira, às 14h, na Secretaria Estadual da Saúde (SES).  

A SES informou que não tem contrato com o Centenário, que é gerenciado pelo município, e que vem dando apoio à Secretaria de Saúde de São Leopoldo na qualificação da gestão e no desenho das referências assistenciais. "Sobre pedidos de recomposição do teto da gestão plena do município, os estudos devem ser encaminhados ao Ministério da Saúde."


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