Imagens de satélite mostram Lagoa do Peixe seca

Imagens de satélite mostram Lagoa do Peixe seca

Forte estiagem que atinge o Rio Grande do Sul voltou a fazer do local uma área com ares de deserto

Correio do Povo

Imagem de satélite mostra a região na Lagoa do Peixe no Sul do Estado quase totalmente seca

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A gravidade da estiagem que atinge o Rio Grande do Sul neste início de 2023 e que, de perto, afeta milhões de gaúchos nos quase 270 municípios que já decretaram emergência também pode ser vista de longe, do espaço. Imagens do Satélite Landsat-8, da Nasa, e processadas pela empresa Soar.Earth mostram o Parque Nacional da Lagoa do Peixe praticamente seco.

Na comparação com o mesmo período do ano em 2019 e 2021 é possível ver o constrate do cenário que agora se encontra a lagoa.

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O cenário é semelhante ao do início do ano passado. Além do impacto ambiental, a lagoa praticamente seca impacta diretamente a economia da região, dependente da pesca. Em 2022, as estimativas eram de que, somente no camarão, os prejuízos alcançaram quase R$ 5 milhões para as 201 famílias autorizadas a explorar a atividade pesqueira na Lagoa do Peixe.

Apesar da denominação, Lagoa do Peixe é, na verdade, uma laguna, por causa da comunicação com o mar. É relativamente rasa, com 60 centímetros de profundidade em média. Possui 35 quilômetros de comprimento e dois quilômetros de largura, e é formada por sucessão de pequenas lagoas interligadas, caracterizando, assim, um reservatório natural de água salobra. A área é um berçário para o desenvolvimento de espécies marinhas. Entre elas encontram-se camarão-rosa, tainha e linguado, além disso, atrai variadas espécies de aves que encontram na lagoa e em suas marismas farta alimentação.

O tema também foi assunto de uma edição especial do Podcast Direito ao Ponto, onde biólogos e doutores se aprofundaram na problemática e explicaram como esses e outros fatores levaram à morte de animais e à seca de lagoas e lagunas no litoral gaúcho.

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