Justiça do RS nega pedido de recuperação da Ulbra

Justiça do RS nega pedido de recuperação da Ulbra

Rede de educação havia ajuizado a solicitação para solucionar parte da dívida de R$ 8,2 bilhões

Fernanda Bassôa

Ulbra diz que decisão judicial não interfere na rotina acadêmica nem nas atividades das escolas de Educação Básica da rede

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O 1º Juízo da 4ª Vara Cível da Comarca de Canoas indeferiu o pedido de recuperação judicial feito pala Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e determinou a extinção do processo por ausência de pressupostos. Tanto a instituição quanto a União, partes no processo, foram intimadas nesta terça-feira e agora têm um prazo de 15 dias para se manifestar.

A Rede Ulbra de Educação passa por uma crise financeira histórica, que soma acumulado de R$ 8,2 bilhões em dívidas, entre tributos, obrigações trabalhistas e custos com fornecedores. O pedido de recuperação judicial havia sido ajuizado no dia 6 de maio e faz parte do plano de reestruturação iniciado pela instituição em 2018, com o objetivo de estancar e solucionar a dívida. 

Por meio da assessoria, a Aelbra, mantenedora da entidade, informou que recorrerá da decisão que indeferiu o pedido de recuperação, pois confia que esta é a melhor solução para reorganizar as finanças da Rede Ulbra de Educação e resolver as dívidas com os credores. "A medida possibilitará que a instituição equacione seus débitos, preservando a continuidade das atividades educacionais e os ativos de valor."

A Aelbra reforça que a decisão judicial não interfere na rotina acadêmica nem nas atividades das escolas de Educação Básica da rede. Todas as disciplinas previstas continuam sendo ofertadas e os trabalhos acadêmicos e escolares seguem normalmente, assim como o calendário de aulas, demais atividades e o Vestibular Ulbra 2019/2, que está com as inscrições abertas. A Rede Ulbra de Educação tem unidades em seis estados e mais de 40 mil alunos, incluindo de universidades, colégios e ensino a distância. 


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