Justiça suspende votação de contribuição de taxa de iluminação pública em Rio Grande

Justiça suspende votação de contribuição de taxa de iluminação pública em Rio Grande

Câmara pode recorrer, ou seguir todo o rito que é passar por todas as comissões permanentes

Angélica Silveira

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Foi suspensa pela justiça no final da tarde desta terça-feira, a votação que institui a cobrança de taxa de iluminação pública em Rio Grande. O projeto do Executivo havia sido aprovado nesta segunda-feira por 12 dos 20 vereadores votantes. A ideia é com o que for arrecadado substituir por lâmpadas de led os 25 mil pontos de iluminação pública existentes na zona urbana da cidade. Entretanto, o vereador Júlio Lamim (DEM) entrou com uma liminar que foi acatada e suspendeu a votação. O mandado de segurança foi assinado eletronicamente pela juíza de plantão, Fabiana Gaier Baldino. 

O vereador alega que o projeto foi ao plenário sem passar por todas as comissões e cumprir o prazo regimental de dez dias para que fossem emitidos os pareceres. “É um projeto que fui contrário, a contribuição para o custeio de iluminação pública. O projeto foi aprovado em sete dias desde que o Prefeito mandou para a Câmara, não sendo respeitado todo o trâmite legal”, explica. A Câmara pode recorrer, ou seguir todo o rito que é passar por todas as comissões permanentes. “O projeto não passou pelas comissões. Se querem manter esta lei, que sou contra, que ao menos sigam as regras”, enfatiza. 

Procurado, o presidente do Legislativo, vereador Felipe Branco (MDB) disse que o setor jurídico já foi acionado para que todas as providências sejam tomadas. “O projeto seguiu o trâmite habitual de todos os outros. Ele foi votado em sessão extraordinária, convocada com 48 horas de antecedência e na hora não tivemos reclamações de não ter passado por comissão”, relata. Branco afirma que como o projeto é do Executivo, normalmente sempre tem uma urgência maior. “Ninguém foi pego de surpresa, pois na convocação tinha uma pauta específica”, observa.


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