Manifestantes protestam em frente a entrada da Refap, em Canoas

Manifestantes protestam em frente a entrada da Refap, em Canoas

Com faixas e bandeiras do Brasil, eles derivam do grupo que estava até então concentrado em frente aos quartéis

Felipe Faleiro

Manifestação é pacífica e não bloqueia entradas e saídas do complexo

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Por volta de 40 pessoas estiveram reunidas no final da manhã deste domingo em frente a Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, na região Metropolitana. Com bandeiras do Brasil e faixas com os dizeres “o poder emana do povo”, o grupo é derivado do que ocupava as frentes das instalações do Exército, como a sede do Comando Militar do Sul (CMS), no Centro Histórico de Porto Alegre, e o 16º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (16º GAC AP), em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Alguns deles passaram a noite no local.

“Lá acho que vai morrer [o movimento]”, disse um deles, se referindo à frente do quartel leopoldense, e que disse ter estado no local desde o início de novembro do ano passado, quando Jair Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial do segundo turno. A manifestação pacífica foi acompanhada pelo 15º Batalhão de Polícia Militar (15º BPM) e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Embora realizada próxima a uma das saídas da refinaria, não houve em nenhum momento bloqueio do trânsito na região por parte dos realizadores do protesto. Tanto presencialmente, quanto é denominado nas redes sociais, eles se referem ao movimento em si como “festa”. Informam ainda que deverão instalar barracas no canteiro central da avenida Getúlio Vargas, via lateral da BR 116 que dá acesso à Refap.

Em chats no WhatsApp e Telegram, os manifestantes convocam outras pessoas a aderirem ao movimento, afirmando que os resultados das manifestações junto aos quartéis foram insatisfatórios, mesmo após mais de 60 dias de acampamento. Da mesma forma, em grupos similares, eles buscam se dirigir para a frente de outras refinarias pelo Brasil, e compartilhando seus endereços. “Precisamos de apoio aqui [em Canoas]. São poucas pessoas, e área muito grande para bloquear. Só três distribuidoras e dois acessos à refinaria”, diz uma mensagem em um grupo no Telegram

 


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