Manutenção de cobertura de torre chama a atenção de moradores em Serafina Corrêa

Uma cena pouco comum chamou atenção de quem passava pela área central de Serafina Corrêa, município de 15 mil habitantes na Serra, nesta semana. Um guincho estava sendo utilizado para trocar a cobertura (pirâmide) de alumínio de 18 metros de altura da torre da Igreja Matriz. Ao todo, a estrutura tem 60 metros de altura e é ponto de referência da cidade. 

Conforme o presidente do Conselho de Assuntos Econômicos da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Jair Begnini, houve necessidade da troca da parte de sustentação, que era de madeira, por estar comprometida com a ação do tempo. Ele explicou que a nova estrutura foi feita com ferro galvanizado, que garante longa vida útil à parte de aço, aumentando a resistência à corrosão ou ferrugem e permitindo fixação por meio de parafusos, sem necessidade de soldas. A primeira pedra da torre foi colocada no dia 8 de maio de 1951 e, na mesma data em 1953, foi inaugurada. Na torre, também está um conjunto de três sinos pesando 1.600 quilos, que foram confeccionados na França e instalados primeiramente em um campanário de madeira inaugurado em outubro de 1917. 

A inauguração dos sinos foi na mesma data. O badalar dos sinos era na época um dos principais meios de comunicação. Não só serviam para chamar o povo para a igreja, mas também tinham toques festivos, fúnebres e de sinal de alarme em momentos de perigo. A torre e os sinos eram um cartão de visita dos povoados e cidades da Itália. Os imigrantes trouxeram consigo essa tradição, podendo ter na nova terra algo que relembrasse o país de origem. A torre tem ainda quatro grandes relógios que foram inaugurados em 1963 e podem ser visualizados ao longe, servindo para a comunidade se situar na hora do dia ou da noite.