Municípios do Sul do Estado reclamam de problemas no fornecimento de energia

Municípios do Sul do Estado reclamam de problemas no fornecimento de energia

Reunião entre Azonasul e CEEE deve ocorrer na próxima semana para tratar do assunto

Angélica Silveira

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O presidente da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) e prefeito de Canguçu, Vinicius Pegoraro (MDB), anunciou que a entidade deverá participar de uma reunião na próxima semana sobre o mau atendimento e instabilidade no fornecimento de energia por parte da CEEE Equatorial. A audiência com o assessor de Relações Institucionais do Grupo Equatorial, Giovani Francisco da Silva, deve ocorrer na sede da Azonasul. “Os problemas são principalmente nas cidades de Canguçu, Capão do Leão, Pedras Altas, São Lourenço do Sul, Cerrito, Morro Redondo, Santa Vitória do Palmar e Pinheiro Machado”, enumera.

Segundo Pegoraro, 21 municípios que integram a Azonasul são atendidos pela companhia e todos os prefeitos relatam problemas sérios no abastecimento da energia elétrica. Pegoraro ainda destaca que há problemas de mau atendimento e demora no restabelecimento de energia.

“Nos últimos dias, por conta de chuvas e vendavais, recebemos diversas situações em todo o estado referente à prestação de serviços de distribuição de energia elétrica”, relata. Ele conta que em Canguçu houveram casos de casas que ficaram seis dias sem luz e em Pinheiro Machado 11 dias. “São pessoas que necessitam de luz por questão de saúde e em Canguçu nas etapas de safra do tabaco, sem luz, é complicado”, lamenta.

Conforme adianta o presidente, durante a reunião serão discutidas alternativas que amenizem o problema, no entanto, a Azonasul deverá relatar as dificuldades atravessadas para a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), órgão que fiscaliza a atuação de distribuidoras de energia, para verificar o que pode ser feito para qualificar o fornecimento de energia. “Porém, isso só tem efetividade se houver pressão por parte de prefeitos e entidades da região”, reforça.

Procurada, a CEEE Equatorial disse que, desde a posse em julho do ano passado, a Companhia realiza um volume expressivo de investimentos na rede elétrica dentro dos 72 municípios de sua área de concessão, tornando-a mais robusta e confiável. Porém, as condições encontradas só permitem que os resultados das ações sejam vistos em até dois anos. A empresa admitiu os casos de falta de energia, mas justificou, em nota, dizendo que ocorrem em situações externas à rede elétrica, como tempestades, fortes chuvas e ventos.

Nessas ocorrências, ainda conforme a empresa, os prazos para a solução dependem da complexidade de cada situação encontrada. “Para restabelecer, são necessários o deslocamento e acesso de equipes às localidades com fornecimento interrompido, em alguns casos, dificultado pelas próprias ocorrências, alagamentos e dificuldade de trânsito; ações em parceria com outros órgãos públicos, já que alguns serviços prestados são interligados e envolvem várias atividades; isolamento da área afetada, retirada de objetos e reconstituição de postes quebrados e de toda a rede elétrica”, relata.


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