Passageiros reclamam de atrasos e condições dos ônibus em Cachoeirinha

Mesmo com a integração de linhas municipais e intermunicipais, usuários do transporte público de Cachoeirinha continuam reclamando de atrasos, descumprimento da tabela de horários, pouca frota e más condições dos veículos. De acordo com os passageiros, os problemas são os mesmos tanto para as linhas municipais (Transbus), quanto para o transporte metropolitano (Transcal). 

Anair Mesquita, 38 anos, depende do transporte público para ir trabalhar e conta que a sequência de atrasos é um desrespeito com o trabalhador. “As pessoas saem de casa programadas para embarcar no ônibus nos minutos seguintes. Na semana passada, meu ônibus atrasou mais de 20 minutos e meu chefe não quer saber se a culpa foi do motorista.” Arlete Gonçalves, 26 anos, diz que é frequente embarcar em coletivos com bancos quebrados, sujos e sem manutenção. “Dependemos do transporte coletivo, e por isso reclamamos tanto. Sem falar na dificuldade de pegar ônibus aos domingos.”

O gerente de planejamento e operações da Transcal, Cliferson Pelisson, disse que em 2018, 29 ônibus foram renovados. Neste ano, outros 20 serão. "Com relação à manutenção, temos cumprido à risca o manual de segurança. A Mertroplan tem nos fiscalizado diariamente e desde o início do ano não temos recebido nenhum auto de infração por descumprimento, atraso ou omissão de viagem." Ele afirma que as reclamações caíram 50% em relação ao ano passado.

O diretor da empresa Transbus, Fernando Casagrande, diz que a empresa opera com administração própria apenas há 60 dias e ainda existem ajustes a serem feitos. “Foi necessário investir meio milhão de reais para fazer a renovação dos 70 ônibus. Essa é uma soma volumosa e vamos fazer a recuperação dos veículos de acordo com nosso caixa.” Segundo ele, ações preventivas e corretivas já estão sendo feitas e os atrasos de algumas linhas são decorrentes da precariedade de alguns veículos. Casagrande garante que audiências públicas serão realizadas para ouvir os anseios da comunidade.

O secretário de Segurança Municipal e Mobilidade, Joaquim Fortunato, explica que os fiscais têm atuado nos terminais verificando se os horários estão sendo cumpridos. “Sobre a manutenção dos carros, eles são vistoriados por um engenheiro mecânico e tudo é minuciosamente analisado." Entre as principais reclamações estão as rampas de acesso para cadeirantes e atrasos. Já o chefe do Departamento de Trânsito Metropolitano da Metroplan, Danilo Landó, informou que as reclamações atuais são “casos pontuais, nada de anormal.” A expctativa é de que o convênio entre município e Metroplan amenize os problemas. 

Convênio
O convênio firmado em fevereiro e que já funciona em todos os bairros prevê, além da utilização de uma linha urbana e uma metropolitana pelo valor de uma única tarifa, em um período de 90 minutos, aumento do número de viagens ofertadas, diminuição dos congestionamentos e mais rapidez no deslocamento.