Polícia abre inquérito sobre suposta agressão em escola de Canela

Polícia abre inquérito sobre suposta agressão em escola de Canela

Criança relatou que foi puxada pelo braço por professora na última segunda-feira

Halder Ramos

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A Polícia Civil abriu inquérito, nesta terça-feira, para apurar uma possível agressão contra uma criança em uma escola municipal de educação infantil de Canela. O caso registrado na Delegacia de Polícia como lesão corporal teria ocorrido na segunda-feira. A criança foi levada para o Hospital de Caridade de Canela (HCC) no final da tarde, por volta das 18h30min, com dores no braço, e precisou ser transferida para Gramado para fazer um exame de raio-X. Na segunda-feira, a família encaminhou a criança para fazer perícia em Caxias do Sul.

O secretário de Educação de Canela, Gilberto Tegner, explica que a suspeita é de uma luxação no braço. “Somente os laudos médicos irão atestar alguma lesão. O relato é de que ela teria sido puxada. No entanto, não posso condenar a professora sem que a Polícia Civil investigue”, diz Tegner.

Conforme o secretário, a professora foi transferida de escola e remanejada para outra função. “O objetivo é preservar a funcionária e a escola. Os familiares optaram pela permanência da criança na mesma escola. Estamos buscando esclarecer todos os fatos. São suposições e não podemos deixar que uma suspeita atinja uma rede que atende 2,3 mil crianças”, afirma. Tegner destaca que acompanha o caso desde que a família deu entrada no HCC. “Recomendei que fosse feito pela família o boletim de ocorrência e o exame de corpo de delito. O Conselho Tutelar foi acionado. Também abrimos um processo administrativo para apurar as circunstâncias do fato. Vamos aguardar o inquérito policial”, diz.

O delegado de Canela, Vladimir Medeiros, prevê que o inquérito seja concluído nos próximos dias. Medeiros observa que a profissional suspeita deve prestar esclarecimentos. “Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente, não divulgo detalhes. Estamos ouvindo testemunhas. O relato é de que a criança teria sido pega pelo braço. No entanto, não temos boletins de atendimento no hospital. O inquérito vai apurar se houve lesão, vias de fato ou nada”, destaca o delegado. 


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