Prefeito e autoridades de saúde de Santo Ângelo questionam a classificação de bandeira vermelha

A divulgação da nova classificação do Modelo de Distanciamento Controlado contra o Covid-19 fez com que o prefeito de Santo Ângelo, Jacques Barbosa, mobilizasse autoridades de saúde para uma reunião emergencial. Eles avaliam os critérios que elevaram a macrorregião como de alto risco para contágio do novo coronavírus.

A reunião que iniciou na manhã deste domingo, no Gabinete do Executivo, se estende durante a tarde, e questiona a classificação de bandeira vermelha para a macrorregião de Santo Ângelo. O secretário municipal de saúde Luiz Carlos Cavalheiro diz que o Estado está considerando a data do resultado do exame, e não da internação, o que muda totalmente o cenário. Ele contesta também sobre as internações. “Temos menos de 50% de ocupação. Se tivermos em 80%, qual será a bandeira?”, questiona.

Cavalheiro revela que há apenas quatro pacientes na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e são 19 leitos. “Ainda temos um hospital privado, com mais 10 leitos de UTI, todos livres”. O secretário destaca o impacto desta classificação no comércio, por exemplo. “Isso causará impacto econômico, desemprego. Se tivesse risco para a população, não estaríamos contestando”.

Participam da reunião representantes da 12ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), direção dos hospitais e a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde. Hoje à tarde, às 16h30, devem integrar a reunião prefeitos de cidades da região. “Os prefeitos da Associação dos Municípios das Missões também não concordam com a classificação regional anunciada pelo Estado”, argumenta o prefeito.

Apesar de questionar a classificação da região, Jacques Barbosa deve tratar sobre um novo decreto com protocolo de restrições mais severas, conforme as orientações do Estado. A bandeira vermelha anunciada neste sábado entrará em vigor a partir de segunda-feira, com vigência de duas semanas.