Prefeituras da região Sul seguem atrás de autorização para contratação de médicos de outros países

Prefeituras da região Sul seguem atrás de autorização para contratação de médicos de outros países

Prefeitos desejam levar suas demandas para a direção do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS)

Angélica Silveira

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Mais uma etapa na tentativa das prefeituras de suprir a falta de médicos profissionais na região Sul do Estado foi cumprida na manhã desta segunda-feira. Uma reunião virtual foi realizada com a presença do comitê formado por prefeitos da Associação dos Municípios da Zona Sul (AZONASUL) e do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (CIDEJA), além de representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS), que prometeram levar as demandas para a direção do Conselho. Durante a reunião, foi definido que o órgão irá se mobilizar para ajudar os municípios nas solicitações, que é o agendamento de uma  reunião em Brasília com a comissão que trata dos médicos de fronteira. 

“Pedimos que  sejam parceiros para que os municípios que estão na faixa de fronteira (a 150 quilômetros da fronteira) passem a ser considerados zonas de fronteira (cidades fronteiriças)”, disse o prefeito de Pinheiro Machado, Ronaldo Madruga. Ele conta que  também foi estabelecido pelo grupo que o CREMERS faça  frente ao Conselho Federal de Medicina para que  a política  implantada pelo Governo Federal ( Médicos Pelo Brasil), de profissionais formados no país possam atuar em Estados e Municípios, a exemplo de política pública implantada pelo Ministério da Saúde. 

“Teríamos os nossos parâmetros, com a atuação dos médicos em postos de saúde, com a nossa  bolsa assistência. Tudo para profissionais formados no Brasil”, explica. O prefeito relata que o Conselho Federal de Medicina, por meio do CREMERS, se mostrou favorável ao termo de  reciprocidade entre os países que  compõe o Mercosul, ou seja, aqueles profissionais formados nesses países  possam atuar até três anos no Brasil, paralelamente buscando a revalidação de seu diploma. “Caso não  busquem neste prazo a contratação seria suspensa. Isto já ocorre no Uruguai com médicos brasileiros. É uma  alternativa para  resolver o problema do acesso das comunidades aos médicos”, finaliza.


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