Presídio Estadual terá horta recuperada em Taquara

Presídio Estadual terá horta recuperada em Taquara

Alimentos colhidos no local serão distribuídos para famílias em situação de vulnerabilidade

Stephany Sander

Alimentos eram destinados a outras instituições que não estão em funcionamento devido a pandemia

publicidade

Por meio de uma parceria entre a Secretaria de Interior e Serviços Rurais de Taquara, a Emater e o Presídio Estadual com sede na cidade, uma ação irá beneficiar famílias em situação de vulnerabilidade social, principalmente devido à pandemia causada pelo novo coronavírus. A iniciativa visa otimizar a horta da casa prisional recuperando o solo, e visando uma produção melhor e mais rentável o que favorecerá ainda mais pessoas, pois além de servir para o próprio consumo, os alimentos ali plantados e cultivados pelos detentos serão o sustento de muitas famílias.

“Esta é uma parceria que merece a nossa gratidão, pois muitas famílias terão alimentos fresquinhos cultivados pelos detentos que cumprem pena no local. Neste primeiro momento, estamos fazendo o levantamento e a análise do solo para que possamos trabalhar na sua recuperação. A horta já é utilizada e muitos legumes e verduras já são disponibilizados ao CRAS para o repasse às famílias, mas queremos melhorá-lo para que a qualidade dos alimentos aumente e se possa plantar ainda mais”, destacou o secretário de Interior e Serviços Rurais, João Carlos de Brito.

Parceira da iniciativa, a Emater está auxiliando na análise do solo. A coleta já realizada está em processo de interpretação. “O presídio já tem uma horta implantada e em produção, mas queremos potencializar a questão dos alimentos que serão cultivados e doados para famílias carentes. Vamos analisar o solo para avaliar o que precisa ser feito a fim de aprimorar a demanda. Futuramente pretendemos fazer plantio direto com menos manejo, reduzindo a questão de maquinário também, pois a horta é muito grande e o presídio não dispõe de muitos recursos e infraestrutura para mantê-la”, explica a chefe do escritório municipal da Emater, Carine Gross de Barros.

A ação em andamento também conta com a ajuda de Nara Mattos, representante do Espaço Sócio Ambiental Nara Mattos,que neste primeiro momento auxiliou na aquisição de adubos junto às instituições que integra, e da vereadora Carmem Fontoura que também arrecadou insumos para a fertilização do solo e fornecimento de nutrientes às plantas cultivadas até que a análise do solo seja finalizado.

Segundo a diretora da casa prisional, Mara Pimentel, a horta existe há bastante tempo e os alimentos eram destinados a outras entidades como, por exemplo, para escolas estaduais, municipais de Taquara, Lar Padilha, Apae, Festejos Farroupilhas, Igrejas e familiares de apenados. “Com a pandemia, escolas fechadas e acessos bem restritos, diminuímos a produção. Logo, com a economia estagnada do momento, pensei em contatar a Secretaria de Desenvolvimento Social onde nos foi relatada a necessidade das famílias de baixa renda e a procura por alimentos. Pensando em um enriquecimento nutricional, nos dispusemos a fornecer os hortifrutis”, menciona Mara, salientando que este trabalho realizado no presídio vai muito além do envolvimento dos detentos com o plantio e colheita e das doações dos alimentos.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895