Quarenta homens da Força Nacional devem chegar na Reserva Indígena de Nonoai na próxima segunda

Quarenta homens da Força Nacional devem chegar na Reserva Indígena de Nonoai na próxima segunda

O efetivo permanecerá no local pelo período de 30 dias

Agostinho Piovesan

Força Nacional permanece por 30 dias

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A Força Nacional de Segurança Pública deve chegar na Reserva de Nonoai, no Norte do Estado, na próxima segunda-feira com o objetivo  de tentar controlar a situação de conflito entre os índios caingangues. O efetivo, que deve reunir 40 homens, permanecerá no local pelo período de 30 dias.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) autorizou nessa quinta-feira o emprego da Força Nacional em apoio à Polícia Federal a fim de garantir a ordem pública, o patrimônio público e a integridade das pessoas. A Portaria nº 517 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quinta-feira. 

Segundo o prefeito de Planalto, Cristiano Gnoatto, o município disponibilizou o espaço do Centro de Convivência do Idoso - desocupado em função da pandemia do Covid19 - para abrigar a Força Nacional. 

Ele afirmou que a presença do efetivo é importante pois o conflito entre os indígenas - liderados pelo cacique de Nonoai e o outra liderança que se auto denominou cacique da aldeia Pinhalzinho, em Planalto - está gerando situações de violência. "Recentemente ocorreu um tiroteio e a morte de uma pessoa e periodicamente a rodovia ERS 324 foi bloqueada, fato que afeta a economia local e regional impedindo a circulação de veículos", observou.

A disputa por poder e dinheiro oriundo do arrendamento de terras indígenas para agricultores prolonga o conflito interno entre os índios caingangues da Reserva de Nonoai, que abrange também áreas do vizinho município de Planalto, no Norte do Estado. O desentendimento entre os índios ocorre desde a recente criação de cacicado nas Aldeias de Pinhalzinho e Bananeiras, em Planalto. Antes as aldeias eram comandadas pelo cacique de Nonoai.


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