Rio Grande adia distribuição de sacos de dormir para moradores de rua

Rio Grande adia distribuição de sacos de dormir para moradores de rua

Ação foi transferida pois ainda falta concluir algumas unidades do item

Angélica Silveira

A confecção dos sacos de dormir está sendo feita por sete mulheres no espaço de costura do Centro de Convívio Meninos do Mar

publicidade

A distribuição de 45 sacos de dormir para moradores de rua que não querem ir para o abrigo se proteger do frio, que estava programada para ocorrer na noite desta segunda-feira, em Rio Grande, foi transferida para o final da tarde da próxima sexta-feira. Ação foi adiada pois ainda falta concluir algumas unidades do item.

Conforme o secretário de Cidadania Assistência Social da cidade, Evandro Silveira, o município segue recolhendo o material para a confecção de pelo menos mais 24 sacos de dormir. O serviço de Abordagem Social, a Defesa Civil e a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Humanos (ADRA) serão os responsáveis pela distribuição. “Recebem os sacos térmicos aqueles que não querem ser acolhidos”, relata.

A prefeitura aumentou as vagas na casa de acolhimento noturno passando de 50 para 80, com a possibilidade de usar o anexo do local e acolher até 150 moradores de rua. “Mesmo assim, muitos ainda preferem seguir nas ruas. Então entregamos cobertores, sacos de dormir e uma refeição quente. As marmitas feitas por voluntários são entregues de segunda a segunda”, destaca. São distribuídas em torno de 70 refeições por noite. Todas preparadas por voluntários no restaurante popular ou na cozinha de suas próprias casas.

A confecção dos sacos de dormir está sendo feita por sete mulheres no espaço de costura do Centro de Convívio Meninos do Mar. A finalização das peças ocorre nos corredores do Praça Shopping Rio Grande. Para a fabricação, foram arrecadados sacos plásticos, cobertores de casal e caixas de leite UHT limpas e desmontadas. O saco plástico atua como impermeabilizante da peça, garantindo que o cobertor duplo não entre em contato com líquidos, enquanto as caixas de leite são colocadas no meio da camada de cobertores, auxiliando no processo de isolamento térmico e impedindo a passagem do frio.

A ação faz parte da Campanha “Pacto pela Vida: O frio não espera” que tem como objetivo arrecadar agasalhos e distribuí-los aos moradores em situação de rua. Silveira explica que o Pacto pela Vida é uma junção de forças dentro da cidade de Rio Grande, que une o poder público e entidades na mútua cooperação para ações pontuais. “Nos unimos para a arrecadação de alimentos e contra o frio. Com o auxílio de todos, somos capazes de superar as baixas temperaturas em apoio às pessoas em situação de rua, que são os menos guarnecidos, principalmente nesta época de frio intenso”, observa.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895