Rio Grande reitera decreto de calamidade com medidas de enfrentamento à Covid-19

Rio Grande reitera decreto de calamidade com medidas de enfrentamento à Covid-19

Documento determina horários de funcionamento e ocupação na cidade

Angélica Silveira

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No primeiro dia útil como prefeito de Rio Grande, Fábio Branco reiterou um decreto publicado no último dia 29, com medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírus no município. O documento mantém o estado de calamidade pública e determina que restaurantes, lancherias, lanchonetes e bares funcionem com 50% de lotação e 50% de trabalhadores, com até seis pessoas nas mesas. Estes locais podem funcionar todos os dias até à 1h. Já os bares e restaurantes podem ter música, mas não dança.  

O documento também reitera a permissão para a prática esportiva em clubes, quadras e similares, sem público e com intervalos de uma hora entre os jogos para higienização do espaço. O comércio atacadista não essencial, o varejista não essencial estão autorizados a funcionar com 25% da lotação e 50% dos trabalhadores todos os dias das 9h às 22h. 

Em relação ao último decreto do ano passado, ele excluiu a obrigatoriedade de trailers e utilitários usados no comércio trabalharem somente no sistema pegue e leve. 

Os Centros Comerciais e shoppings podem funcionar das 10h às 22h e os centros comerciais e camelódromo das 9h às 22h. Lojas de veículos automotivos podem funcionar com 25% dos trabalhadores de segunda a sábado, das 9h às 22h. As demais atividades devem respeitar o protocolo de bandeira vermelha do modelo de distanciamento controlado do governo estadual. 

Espaços públicos 

Pelo decreto é permitido que as pessoas fiquem em locais públicos, o que inclui a orla do Cassino realizando atividades físicas ou paradas desde que mantenham o distanciamento mínimo de dois metros e usem máscara. Os carros devem observar uma distância de três metros entre eles. 

O que não se viu neste final de semana de feriado de Ano Novo no Cassino, onde estiveram presentes quase 90 mil pessoas. “É uma preocupação. Nos reunimos no sábado no Cassino e sabemos que a população aumenta muito no Ano Novo. Devemos fazer um trabalho preventivo, montando um plano que deve ocorrer principalmente na praia”, disse o prefeito. 

Ele garantiu que não pretende fechar o comércio nem a praia. “A economia e a prevenção são compatíveis desde que as pessoas respeitem os protocolos de distanciamento e de uso de máscaras, por exemplo. A ideia é levar pessoas para conversar, carro de som, faixas lembrando do que deve ser feito”, relatou.  

Branco destacou que as pessoas normalmente vão de carro para a orla, onde tem mais de 200 quilômetros de praia e não há a necessidade de fazer aglomeração. “Paralelo a isto iremos fiscalizar quem não respeita protocolo de distanciamento. Sou contrário ao fechamento, mas o Cassino não pode ser sentença de morte pra ninguém. Se o uso de máscara e o distanciamento forem respeitados a praia não é um problema”, concluiu. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895