Rua de Novo Hamburgo será nomeada em homenagem ao chargista Tacho

Rua de Novo Hamburgo será nomeada em homenagem ao chargista Tacho

Projeto foi aprovado por unanimidade e em primeira votação na Câmara de Vereadores do município

Fernanda Bassôa

Tacho faleceu em 9 de fevereiro de 2021, após perder a luta contra um câncer no fígado

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A Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo aprovou nesta segunda-feira, por unanimidade e em primeira votação, o projeto de lei que dá nome à rua 4 do loteamento Jardim do Sol, no bairro São Jorge, de Gilmar Luiz Tatsch, o Tacho. O texto ainda deve passar por nova discussão nesta quarta-feira, antes de ser enviado ao Executivo, para sanção.

Natural de São Leopoldo, o chargista, cartunista e artista plástico Tacho ficou conhecido na região pelo humor e a acidez de suas charges, publicadas nos jornais Correio do Povo, Vale do Sinos, NH e Diário de Canoas. Nascido em 21 de junho de 1959, ao longo de quatro décadas de carreira, foi premiado mais de 20 vezes pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI). Ele faleceu em 9 de fevereiro de 2021, aos 61 anos, após perder a luta contra um câncer no fígado. Ele deixou filha e esposa.

O vereador Enio Brizola comentou que gostaria muito de morar em uma rua com o nome de Tacho. “Um homem de posicionamento político definido, que era expressado em sua arte sem arrogância ou soberba. Sempre duro com as mazelas da sociedade. Nosso estado perdeu um profissional de grande expressão, e esta Casa não poderia deixar de registrar e reconhecer este grandioso integrante da nossa imprensa”, enfatizou. 

Colega de trabalho por mais de duas décadas no Grupo Editorial Sinos, o jornalista João Ávila enalteceu a genialidade do chargista. “O Tacho conseguia pegar assuntos extremamente delicados da sociedade e, com seus traços finos, dar mensagens fortes, fazendo com que ora ríssemos, ora pensássemos, ora avaliássemos o que estava ao nosso entorno. O Tacho é merecedor desta homenagem por tudo o que construiu. Com sua humildade incrível, era também extremamente culto; estudava e lia muito. Não tinha assunto que ele não discutia”, resumiu Ávila.

A filha de Tacho, Helena Tatsch, ocupou a tribuna e definiu o projeto de lei como um presente para sua família, além de frisar que reconhecimentos como este significam muito para a eternização da história de seu pai.


Correio do Povo
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