São Borja identifica 179 novos focos de Aedes aegypti em janeiro

São Borja identifica 179 novos focos de Aedes aegypti em janeiro

Vigilância de Saúde vem alertando para o crescimento dos riscos de propagação

Fred Marcovici

Em Uruguaiana tem sido elaborado o LIRA – Levantamento Índice Rápido do Aedes

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A combinação chuva e calor causa apreensão às autoridades sanitárias de São Borja que monitoram a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O Serviço Municipal de Vigilância em Saúde vem alertando que são crescentes os riscos de propagação de criadouros do mosquito e, por consequência, de doenças por ele provocadas, dengue, febre chikungunya e zika vírus. Em janeiro passado foram contabilizados 179 novos focos de larvas do Aedes na cidade.

“O volume é um alerta à necessidade de que, permanentemente, as pessoas eliminem todos os depósitos de água parada, em ambientes domésticos ou estabelecimentos comerciais, que possam virar criadouros de mosquito”, alerta a veterinária Janaina Leivas. Também se recomenda que responsáveis por terrenos baldios, áreas de acúmulo de lixo, ferros-velhos e borracharias mantenham atenção redobrada para pontos de acúmulo de água.

Além do perigo das doenças provocadas pelo Aedes, há ainda a leishmaniose. Janaina ressalta que em 2020 o Rio Grande do Sul registrou três vezes mais casos de dengue que no ano anterior. Cidades próximas a São Borja, como Santo Ângelo, Cerro Largo e Santo Cristo foram as com maior infestação, inclusive com casos de óbitos de pacientes.

O que assusta as autoridades é o lixo jogado clandestinamente na periferia da cidade. “Qualquer objeto - uma folha, uma tampa de garrafa, um recipiente plástico - pode se transformar em nascedouro de mosquito”, diz Janaina. Também segue o pedido para que pneus em situação de descarte sejam levados ao depósito apropriado no antigo Hospital São Francisco. Em Uruguaiana tem sido elaborado o LIRA – Levantamento Índice Rápido do Aedes.

O último aconteceu em dezembro de 2020 e apontou a média de 1,7% dos locais vistoriados, número considerado de alerta. Segundo a responsável pela Vigilância Ambiental em Saúde, veterinária Laura Massia, a preocupação é ampliada com as condições climáticas e reitera para que a população monitore jardins, terrenos, entre outros pontos “ideais” à proliferação do mosquito.  


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