São Leopoldo inicia projeto Nenhuma Casa Sem Banheiro

São Leopoldo inicia projeto Nenhuma Casa Sem Banheiro

Inicialmente, o projeto atenderá 300 famílias da região Metropolitana de Porto Alegre

Stephany Sander

Projeto faz parte de um conjunto de iniciativas de combate à Covid-19

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A Secretaria Municipal de Habitação de São Leopoldo está iniciando o projeto Nenhuma Casa sem Banheiro (NCSB). A iniciativa é realizada pela Secretaria de Obras e Habitação do Estado (SOP/RS) em parceria com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS). Inicialmente, o projeto atenderá 300 famílias da região Metropolitana de Porto Alegre; dez famílias por município. Apoiado na Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (Lei nº 11.888/2008), o projeto faz parte de um conjunto de iniciativas de combate à Covid-19 com o objetivo de viabilizar a promoção de melhorias sanitárias domiciliares para famílias de baixa renda.

Conforme a arquiteta da Diretoria de Programas Habitacionais, Natalia Alano, a prefeitura já manifestou o interesse em participar do projeto e a secretaria já definiu a área-objeto dessa ação. Neste momento estão sendo buscadas, as famílias que se enquadram nos quesitos para participar da iniciativa.

“Definimos a região que engloba a vila Progresso, localizada no bairro Santos Dumont, como a piloto no projeto. Nossa escolha foi baseada nos critérios definidos pela SOP/RS, em que se priorize a execução das unidades sanitárias em uma única comunidade, onde haja uma infraestrutura básica, com acesso à rede de água e de energia elétrica domiciliar, e que esteja regularizada ou mesmo seja objeto de regularização. A escolha do respectivo núcleo, também esteve fundamentada no Diagnóstico Socioterritorial do município, e no entendimento de que na vila Progresso a demanda por melhorias habitacionais é histórica”, explica.

 A arquiteta também destacou que está sendo elaborado o Plano de Trabalho do projeto, que deverá ser apresentado e aprovado junto ao Conselho Municipal de Habitação. “O Plano deve conter a região em que o projeto será realizado junto com os cronogramas de execução da obra, contrapartidas do município, bem como a definição das dez famílias a serem contempladas. Estas, por sua vez, estão sendo selecionadas em parceria com os agentes de saúde que atuam na região”, apontou.

Segundo Natalia, o diálogo com os profissionais que lidam diariamente com a saúde da família é essencial para que a Secretaria de Habitação direcione o atendimento àqueles núcleos familiares que apresentam algum tipo de enfermidade ligada à questão sanitária, ou que estejam em uma situação de alta vulnerabilidade. Ficar em casa e lavar as mãos com frequência são alguns protocolos de proteção para o enfrentamento da Covid-19. As medidas parecem simples, não fosse a realidade enfrentada no Brasil, onde cerca de 7 milhões de moradias apresentam carência de infraestrutura.


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