Santa Cruz do Sul estabelece multa por desperdício de água

Santa Cruz do Sul estabelece multa por desperdício de água

Valores vão de R$ 900 até R$ 3 mil

Otto Tesche

Lago Dourado está com 40% da sua capacidade de água.

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Os moradores de Santa Cruz do Sul, que forem flagrados desperdiçando água, correm o risco de receber multa de cerca de R$ 900 a partir desta semana. O valor pode aumentar para até R$ 3 mil em caso de reincidência. A medida, que força o uso consciente do recurso, no período de estiagem pelo qual passa o Estado, foi anunciada pelo prefeito, Telmo Kirst, após tratar sobre o assunto com o superintendente regional da Corsan, José Roberto Epstein, e com parte do secretariado municipal na quinta-feira.

Entre os usos da água citados pelo prefeito como passíveis de punição estão: lavar carros, regar jardins, lavar calçadas e telhados e abastecer piscinas. A prefeitura publicará um decreto que permite a aplicação das multas. “A comunidade precisa colaborar, ela está mais do que avisada e desperdiçar água num momento de estiagem é coisa criminosa. Porque água é saúde, é vida. Então, como tem gente que não entende, estabelecemos esta parceria com a Corsan e vamos começar, sim, a fazer uma fiscalização bastante intensa, mais intensa do que já é”, ressaltou Kirst.

Sobre a situação do Lago Dourado, Telmo Kirst salientou que o reservatório segue “valente”, abastecendo a cidade. “Tem bastante água lá ainda para captar, mas as pessoas têm que entender que não se pode jogar água fora. Se nós formos conscientes, vamos passar por esta estiagem sem racionamento algum”.

Nesta semana, o superintendente da Corsan, José Roberto Epstein, projetou que, sem chuva, o volume disponível do Lago Dourado só mantém o abastecimento de Santa Cruz por até 40 dias. No entanto, a própria companhia já começou a adotar medidas para contornar esse problema. Atualmente, o lago está com 40% da capacidade de água.

O município vizinho de Venâncio Aires, estipulou em decreto publicado no dia 17 de março, multa de R$ 230 para quem desperdiçar água com atividades não essenciais, como lavar carros, irrigar grama e jardins, repor água em piscinas, lavar calçadas ou telhados de prédios comerciais, industriais ou residenciais.

O documento justifica que desde de 6 de janeiro, quando foi decretada a situação de emergência no município, não houve normalização no sistema de abastecimento. Quem não cumpre a norma estipulada, recebe primeiro uma advertência. Em caso de reincidência, é aplicada a multa. O valor equivale a 50 UPMs (Unidades Padrão Municipais).


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895