Santa Cruz do Sul implantará o projeto Famílias Acolhedoras

Santa Cruz do Sul implantará o projeto Famílias Acolhedoras

A política pública está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente

Otto Tesche

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O projeto Família Acolhedora deve ganhar corpo em Santa Cruz do Sul, a exemplo do que já ocorre em municípios como Santo Ângelo e Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul, bem como em Campinas (SP) e Cascavel (PR). A política pública está prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O objetivo é tirar crianças e adolescentes do acolhimento institucional, que o ECA prevê apenas como subsidiário, proporcionando a elas um lar temporário, onde tenham acesso ao carinho e atenção de uma família com disponibilidade afetiva. Durante essa permanência, busca-se a reinserção dessas crianças e adolescentes em suas famílias de origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção.

A juíza da Infância e da Juventude de Santa Cruz do Sul, Lísia Dorneles Dal Osto, e a promotora de Justiça Danieli de Cássia Coelho, apresentaram esta semana a proposta para a implantação do projeto à prefeita Helena Hermany. Ela mostrou entusiasmo com a ideia e acolheu de pronto o plano.

“Com certeza vamos abraçar esse projeto. Isso é algo que me deixa muito feliz porque ações voltadas a crianças e adolescentes sempre foram a minha bandeira e vejo que isso se perdeu um pouco na nossa sociedade. A criança está um pouco esquecida e precisa ser prioridade”, disse.

A juíza Lísia explicou que, como se trata de uma política pública, a prefeitura é essencial na construção, implantação e execução do projeto. “O (projeto) Família Acolhedora é uma política pública, portanto os recursos são do município e a equipe técnica também deve ser preferencialmente dos quadros da Administração Municipal, até para que haja uma continuidade e o projeto não sofra interrupção”, disse.

O primeiro passo agora é a formação de um grupo de trabalho para que se apure o número de acolhimentos institucionais realizados nos últimos três anos em Santa Cruz do Sul. A partir desse diagnóstico será possível montar estratégias e estruturar o programa.


Correio do Povo
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