Santa Cruz do Sul lança campanha para arrecadação de valores que serão revertidos em alimentos

Santa Cruz do Sul lança campanha para arrecadação de valores que serão revertidos em alimentos

O objetivo é minimizar a fome provocada pela falta de renda, em consequência da pandemia do novo coronavírus

Otto Tesche

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Diferentes entidades, empresas e clubes de serviço de Santa Cruz do Sul iniciaram um movimento com o objetivo de minimizar a fome provocada pela falta de renda, perda do emprego ou pela necessidade de isolamento social em consequência da pandemia do novo coronavírus. A campanha Com Vida e Sem Fome busca doações em conta bancária para a compra de cestas básicas e kits de higiene que serão direcionados aos mais necessitados.

O presidente da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul, Gabriel Borba, informou que a ideia nasceu compartilhada por várias pessoas. “É a própria solidariedade que é a responsável por esta ação”, resumiu. A ACI é uma das entidades envolvidas na construção da campanha. O presidente da Associação das Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Eduardo Kroth, destacou que a intenção é montar cestas básicas, no valor de R$ 60,00, com os principais produtos de necessidade básica. “Faremos cotação de preços para compra dos alimentos, pois isso é uma das exigências do Ministério Público, órgão que irá acompanhar esta ação.”

Kroth disse que a compra de produtos para compor cestas e kits de higiene deverá priorizar empresas locais, para que a ação auxilie também na retomada da economia pós-pandemia. A expectativa é realizar a distribuição de pelo menos 500 cestas básicas por mês. Clubes de serviço como Rotary e Lions se integraram à mobilização, assim como o 7º Batalhão de Infantaria Blindado (7º BIB), que deve colaborar com a logística e armazenamento das cestas e produtos que serão adquiridos para doação.

Por meio de parceria com uma empresa privada, será empregado um sistema inteligente para o controle de acesso das famílias. A real necessidade por doações ainda é desconhecida. Conforme o padre Josimar Lemos da Silva, o próprio cadastro social da Mitra Diocesana, para ajuda aos necessitados, já não é fiel à realidade de Santa Cruz do Sul. O religioso afirma que em abril, no período inicial da pandemia, havia 270 famílias cadastradas para ajuda. “Agora este número está em 350. É um cadastro que contém informações das paróquias dos bairros e do interior”, explicou.

Assim como os dados da igreja, os cadastros de famílias inscritas nos programas sociais do município serão usados no sistema. Conforme a secretária municipal de Políticas Públicas e Assistência Social, Carina Inês Panke da Silva, o município tornou-se parceiro da campanha e irá colaborar com informações. “O Poder Público irá participar com dados legalmente possíveis para construir um mapa de vulnerabilidade social em Santa Cruz do Sul e, a partir daí, criar estratégias para encontrarmos em conjunto as formas de beneficiar o maior número de munícipes”, destacou Carina.

Por meio de uma conta bancária, aberta para receber todas as doações, os valores serão disponibilizados para as compras. A Com Vida e Sem Fome irá usar os recursos financeiros arrecadados para aquisição de produtos para as famílias necessitadas. As contribuições podem ser feitas por transferência bancária ou por meio do PagSeguro, que aceita até cartão de crédito. O Ministério Público irá auditar a compra de produtos a cada 15 dias.

A conta bancária do Com Vida e Sem Fome foi aberta com o CNPJ do Rotary Club Santa Cruz Oeste, junto ao PagBank. Para fazer uma transferência bancária é preciso selecionar o PagBank, código 290, agência 0001, conta 01195714-9. O CNPJ é o 90.156.910/0001-50.

Outra forma de doar é por meio da Fanpage da campanha, no Facebook. A página está disponível no @ComVidaESemFome. Ao acessar a rede social é preciso clicar no botão “comprar agora”. O Facebook direciona o doador para a página do PagSeguro, onde a doação pode ser feita. As doações podem ser no valor que o colaborador desejar. Pelo Facebook, é possível fazer doações com cartão de crédito ou por meio de boleto.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895