Santa Cruz do Sul registra surto de raiva bovina

Santa Cruz do Sul registra surto de raiva bovina

Todas as propriedades devem vacinar os seus rebanhos

Otto Tesche

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A Inspetoria de Defesa Agropecuária de Santa Cruz do Sul orienta a todas as propriedades a vacinarem os seus rebanhos após a confirmação de um surto de raiva bovina no município e região. A médica-veterinária Aline Correa da Silva informou que depois do primeiro caso em julho, na localidade de Cerro Alegre Alto, outras quatro propriedades próximas, duas no município e duas em Passo do Sobrado, apresentaram animais com sinais da doença, totalizando oito mortos. Das quatro, duas tiveram a confirmação por exames laboratoriais na quarta-feira.

A médica-veterinária informou que o primeiro caso, em julho, teve confirmação laboratorial. No segundo, o animal não foi submetido ao exame por fazer parte da mesma propriedade do primeiro e mostrar exatamente os mesmos sinais, precisando ser sacrificado. “Recebemos nesta semana as notificações de mais quatro propriedades. Na segunda-feira fizemos a coleta para a realização do exame, enviamos ao laboratório e já temos o resultado positivo para raiva em dois desses locais”, disse.

Aline afirma que a tendência é aumento no número dos registros na região nas próximas semanas. Segundo ela, uma equipe da Inspetoria realizou uma ação de leitura de mordedura nas redondezas de onde houve casos suspeitos. O grupo encontrou animais mordidos pelo morcego hematófago, o principal transmissor de raiva para os bovinos. “Acreditamos que os morcegos estão indo para outros municípios. É interessante procurar as inspetorias de cada cidade para vacinação. Em Santa Cruz do Sul, a orientação é que todas as propriedades vacinem os seus rebanhos”, ressaltou.

A médica-veterinária disse ainda que já há um caso suspeito em Rio Pardo. Ela reforçou a importância da vacinação. “É a única forma de prevenção. O vírus já está circulando no município, e o morcego está agindo e espalhando a doença.” Ela lembrou que a raiva bovina também pode ser transmitida para as pessoas. Os casos não eram registrados em Santa Cruz do Sul há dez anos.


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