Santa Cruz do Sul terá mutirão para frear os casos de dengue

Santa Cruz do Sul terá mutirão para frear os casos de dengue

A última atualização da Vigilância Sanitária revelou 127 casos de dengue já confirmados no município

Otto Tesche

Objetivo é fazer um bloqueio da transmissão da doença, que hoje está concentrada na região central

publicidade

O número de casos de dengue aumentou nos últimos meses em Santa Cruz do Sul, especialmente neste início de abril. Com o objetivo de tentar frear o contágio para que a situação não saia de controle, a Secretaria Municipal de Saúde realizará um mutirão no sábado em parte do Centro e adjacências. As equipes irão vistoriar durante todo o dia, com a participação de agentes comunitários de saúde e soldados do 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB), 2.485 imóveis, entre terrenos, moradias e estabelecimentos comerciais.

A última atualização da Vigilância Sanitária revelou 127 casos de dengue já confirmados no município, somente nesses primeiros meses do ano. Em todo o ano de 2020 foram quatro casos. O foco maior agora é no Centro da cidade, onde foram registrados 43 casos e, em segundo lugar com maior número de ocorrência, está o bairro Arroio Grande, com 22 casos. Já os demais se espalham por outros 15 bairros da cidade. “Cerca de 80% das amostras de larvas que enviamos para o Estado são de Aedes. No Centro a quantidade do mosquito é absurda, praticamente o que tem é Aedes”, alertou o coordenador da Vigilância Sanitária, enfermeiro Tainã Bartel.

Na operação de sábado, a expectativa é de que todos os imóveis, residenciais e não residenciais, sejam vistoriados, inclusive aqueles que estiverem fechados. A operação ocorrerá das 8h às 17h e vai envolver cerca de 150 pessoas. Apesar do grande número de envolvidos no mutirão, todos os protocolos de higiene e segurança, como distanciamento social, uso de máscaras e de álcool gel, serão rigorosamente observados. As equipes também estarão devidamente identificadas.

Além de parte do Centro, o mutirão vai percorrer diversas ruas dos bairros limítrofes, como Arroio Grande, Pedreira, Senai, Bonfim e Ana Nery. O objetivo, conforme Tainã, é fazer um bloqueio da transmissão da doença, que hoje está concentrada na região central. “A ideia é justamente frear a proliferação de novos casos dentro dessas comunidades”, explicou. No sábado posterior, dia 17, ação semelhante deverá ocorrer também no bairro Arroio Grande, o segundo com maior número de casos confirmados de dengue.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895