Servidores de Cachoeirinha se mobilizam contra terceiro ano de salários congelados

Servidores de Cachoeirinha se mobilizam contra terceiro ano de salários congelados

Trabalhadores tentam repor perdas acumuladas ao longo dos anos

Fernanda Bassôa

Grupo se mobiliza para tentar reajuste

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Servidores municipais de Cachoeirinha iniciaram uma campanha contra o terceiro ano consecutivo de congelamento salarial. O presidente do Sindicato do Municipários de Cachoeirinha (Simca), Manoel Araújo Neto, explica que esse congelamento traz perdas acumuladas e significativas ao longo dos anos. “Estamos reivindicando perdas acumuladas, que fecharam em 12,5%, e um aumento real de 3%. Sem reposição da inflação desde maio 2016, agregado ao escalonamento do vale-refeição, que aconteceu em 2017, tem servidores que perderam mais de R$ 10 mil em três anos. Este é o valor que a prefeitura economizou e não estamos vendo isso revertido em melhorias de serviço ou melhora das condições de trabalho.”

Segundo Neto, representantes do sindicato já se reuniram com o Executivo para debater o assunto. Entretanto, o resultado das tratativas não tem sido positivo para o funcionalismo. “Estamos aguardando nova agenda com o governo. A programação é esperar o fechamento do percentual de gasto com folha de pagamento no primeiro quadrimestre calculado pelo TCE, que sairia no início de maio. Porém, o governo já indicou limites para atender às nossas reivindicações.”

O secretário da Fazenda de Cachoeirinha, Nilo Moraes, informou que não há condições de dar reajuste salarial neste momento. “Entendemos que o índice do acumulado apresentado pelo Simca está muito aquém do que realmente de fato é. Além disso, estamos acima do gasto com pessoal permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 51%. Nosso gasto hoje é de 60,49%. Nossa prioridade agora, e sempre, é pagar o salário de servidor em dia e temos feito isso de forma muito responsável.”


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