Telão será instalado no centro de Santa Maria para familiares das vítimas acompanharem julgamento

Telão será instalado no centro de Santa Maria para familiares das vítimas acompanharem julgamento

Audiência começa na quarta-feira

Renato Oliveira

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Um telão estará à disposição no centro de Santa Maria para os familiares das vítimas da tragédia da boate Kiss acompanharem o julgamento dos quatro réus do caso, que acontecerá no Foro Central de Porto Alegre a partir da quarta-feira. "Muitos pais e mães não terão condições de viajar a Porto Alegre e para não ficarem isolados em suas casas, poderão assistir ao julgamento acompanhados", destaca o presidente da Associação das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Flávio Silva.

O telão ficará no salão do Clube Comercial, localizado na Rua Venâncio Aires. Segundo a psicóloga Ligia Trevisan, as famílias também contarão com atendimento especial durante a transmissão. "Serão 100 profissionais da área da saúde que estarão atendendo em três turnos para prestar, principalmente, atendimento psicológico aos familiares", diz a profissional.

A Associação dos Familiares das Vitimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM)  confirmou nesta tarde que um outro telão será colocado no centro da cidade. "Vamos colocar no local onde hoje funciona a tenda da Kiss ao lado da Praça Saldanha que será aberto ao públio", afirmou Flavio Silva, presidente da AVTSM.

O telão do Clube Comercial, que também fica no centro da cidade, será exclusivo para familiares das vitimas da tragédia.

Ouça:

Desde sábado, também na área central cidade, os canteiros laterais do Viaduto Evandro Behr estão 242 cruzes brancas, em alusão ao número de vítimas da tragédia. Muitas pessoas que passam pelo local param para um momento de reflexão.

Nesta segunda-feira, Stefania Torres, mãe de Flávia Torres (22 anos), que morreu na tragédia da Kiss, passou toda a manhã no local. "Minha vida terminou. Perdi a única filha, e a causa foi a ganância dos homens. Não são só quatro pessoas que são culpadas pela tragédia. Na cadeira dos réus, teria que ter mais pessoas", afirma.


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