Trigêmeos que nasceram durante a pandemia recebem alta em Passo Fundo

Trigêmeos que nasceram durante a pandemia recebem alta em Passo Fundo

Bebês ficaram 71 dias internados na CTI Neonatal do Hospital São Vicente de Paulo

Correio do Povo

Letícia e Fernando saíram de Rondinha, onde moram, para uma consulta de acompanhamento e receberam a notícia que já estava na hora dos bebês nascerem

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Foram 71 dias de internação no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), de Passo Fundo, desses, um mês e 11 dias só na CTI Neonatal. Maya, Théo e Sarah receberam alta hospitalar no dia 16 de junho. A informação foi divulgada pelo hospital na última sexta. Os trigêmeos nasceram em abril, quando a mãe, Letícia Dalmagro dos Santos e o pai, Fernando Vizzotto, saíram de Rondinha, onde moram, para uma consulta de acompanhamento e receberam a notícia que já estava na hora dos bebês nascerem, pois, um dos bebês estava em sofrimento fetal.

Letícia conta que durante todo o período de gravidez estava preparada psicologicamente para chegar nas 24 semanas e não conseguir mais caminhar e se movimentar. “Nos surpreendemos quando passei por esse período e cheguei nas 30 semanas me sentindo bem, claro, não tinha a mobilidade de antes e estive em repouso e tomando todos os cuidados possíveis durante as 30 semanas de gestação, fui muito cautelosa, até demais em algumas partes, segui à risca as indicações da minha obstetra. Mas estava tão focada no nosso sonho, que todo esse cuidado foi tranquilo para mim”, pontua.

A pandemia mudou todos os planos de Letícia e sua família e aumentou receios e preocupações. “O medo da contaminação sempre foi nossa grande preocupação, e tínhamos um esquema de higienização, álcool gel a toda hora, troca de máscaras, além de todo o protocolo para a entrada na CTI”, relata Letícia. “Estamos tendo alta e a insegurança continua, em nossa cidade não há nenhum caso positivo registrado, mas os cuidados e precauções vão continuar”, afirma.

Agora, em casa, se inicia uma nova jornada. “É mágico demais, enquanto me despedia do pessoal do Hospital, das várias amizades que fizemos nesse período, a ficha não caía, uma mistura de insegurança, medo e felicidade, até chegar em casa e começar a vida nova. Foi lindo demais”, finaliza.


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