Unisinos projeta plano com um novo conceito de desenvolvimento de ecossistema universitário

Unisinos projeta plano com um novo conceito de desenvolvimento de ecossistema universitário

Projeto tem uma visão de desenvolvimento para os próximos 10 anos, com potencial de abrigar cerca de 30 mil pessoas e uma estimativa de investimento de R$ 400 milhões

Fernanda Bassôa

Objetivo é modernizar a infraestrutura, qualificar a experiência dos usuários e promover a integração com a região

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A Unisinos apresentou nesta semana os avanços do projeto Masterplan, um plano de desenvolvimento iniciado em 2022 com o objetivo de transformar a experiência no campus de São Leopoldo e fortalecer o ecossistema universitário. Trata-se de uma proposta de integração entre pessoas, espaços e experiências, resultado de um planejamento estratégico da universidade que tem como objetivo modernizar a infraestrutura, qualificar a experiência dos usuários e promover a integração com a comunidade regional.

Entre as principais ações estão a redefinição dos espaços universitários, a qualificação de salas de aula, criação de ambientes de convivência e circulação, além da abertura para negócios de terceiros nas áreas da saúde, bem-estar e do setor imobiliário.

Segundo o pró-reitor de Administração, Cristiano Richter, o Masterplan tem uma visão de desenvolvimento para os próximos 10 anos, com potencial de abrigar cerca de 30 mil pessoas e uma estimativa de investimento, incluindo o aporte de terceiros, de aproximadamente R$ 400 milhões. "Os principais setores pensados dentro deste ecossistema é um complexo de saúde, o setor imobiliário, que também inclui uma área de hotelaria, e o complexo de esporte e bem-estar."

Richter explica que o complexo de saúde é uma iniciativa que nasceu de um estudo de mercado feito por uma empresa de São Paulo que fez um desenho da Região Metropolitana. "Enquanto a região sul tem o segundo melhor cluster de saúde do País, em São Leopoldo foi identificada uma lacuna com índices de atendimento que são insuficientes à população. E por este motivo, decidimos fornecer um espaço para interessados se instalarem aqui."

Ou seja, segundo Richter, a universidade não fará a gestão, mas vai ofertar uma área para que um empreendimento faça isso. "A boa notícia é que já temos quatro interessados dispostos a apresentar suas propostas, tanto de clínicas especializadas, quanto de hospitais com emergências." O local destinado é uma área de 10 hectares, com entrada independente pela Avenida Unisinos, conectado diretamente ao Parque Tecnológico (Tecnosinos).

Segundo Richter, as propostas serão avaliadas em uma segunda fase e até o final deste ano o empreendimento será divulgado e contratado. "Isso para que ao longo de 2026 seja feito o planejamento e as obras se iniciem em 2027. Nossa expectativa é que em 2028 estejam prontas. No entanto, isso depende do empreendedor." Ele explica que o complexo de saúde vai atender não apenas a escola de Medicina e os demais acadêmicos da universidade, mas visa acolher e atender toda a população da Região Metropolitana e do Vale do Sinos.

Quanto ao setor imobiliário, o pró-reitor de Administração conta que no Parque Tecnológico cerca de 60% das pessoas que atuam ali residem fora a de São Leopoldo. "Nossa intenção é oferecer uma habitação de qualidade e que o setor imobiliário possa estar mais próximo, junto com serviço de hotelaria, conveniência e outros serviços, unificando a região como um todo. Esse projeto deve ser colocado em prática em uma grande área que a Unisinos tem disponível no terreno em frente à universidade. Vai ser um grande empreendimento, com áreas residenciais, comerciais e de convivência."

A proposta busca qualificar a jornada de quem frequenta o campus, promovendo centralidades e experiências integradas voltadas ao bem-estar e à inovação. Além disso, ele explica que tem a questão do esporte, saúde e do bem-estar, aprimorando o centro de lazer, oferecendo mais qualidade para a vida do campus na sua plenitude.

"Oferecer um novo conceito de urbanismo, com mais caminhabilidade, com atrativos, conveniência e ambientes de interação. Trabalhamos com uma lógica de novo urbanismo, centrado nas pessoas, integrando funções e qualidade de vida. Criando espaços vivos, funcionais e conectados, mais acolhedores, com áreas de eventos e serviços", conclui.

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