Universidade de Caxias do Sul apresenta protótipo de ventilador pulmonar
Equipamento pode ser utilizado em hospitais de campanha na Serra para atender pacientes com Covid-19
publicidade
O Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Caxias do Sul (TecnoUCS) apresentou um protótipo de ventilador pulmonar que pode ser utilizado em hospitais de campanha a serem instalados na região da Serra para atender pacientes com Covid-19. Os equipamentos, desenvolvidos e produzidos inteiramente por professores e voluntários, serão distribuídos gratuitamente.
O aparelho foi desenvolvido a partir da formação de grupo de trabalho, por iniciativa da UCS, em 24 de março. Nos últimos dias o protótipo funcional, foi aperfeiçoado para ganhar as condições de produção em série e ser encaminhado a novas verificações de engenharia agendadas para a próxima segunda e terça-feira, em locais acreditados do complexo de Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica (LABELO) da PUC-RS, em Porto Alegre.
Antes do primeiro teste, a direção técnica do HG solicitou à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), ligada ao Ministério da Saúde, autorização para testagem clínica com pacientes, em ambiente hospitalar. O retorno ao pedido é aguardado. “É uma máquina funcional do ponto de vista da engenharia clínica, com as condições de controle e segurança necessárias a pacientes com bloqueio neuromuscular”, disse o diretor técnico do HG, Alexandre Avino.
Com a aprovação nas novas avaliações, será possível encaminhar o aparelho para produção industrial. Conforme o coordenador do curso de Engenharia Mecânica da UCS, Alexandre Viecelli, que esteve à frente da equipe de engenharia, a meta inicial é de montagem de 300 unidades, o que pode ocorrer em quatro a cinco semanas.
Para viabilizar a fabricação, o TecnoUCS busca de doações de componentes por fornecedores. Uma vez prontos e devidamente certificados conforme as normas de funcionalidade, confiabilidade e segurança das agências reguladoras, os ventiladores serão doados, inicialmente, a hospitais de campanha. Se necessário, a demanda de produção será aumentada, podendo o aparelho chegar à rede pública de saúde em caso de emergência.