Uruguaiana participa de pesquisa inédita sobre coronavírus

Uruguaiana participa de pesquisa inédita sobre coronavírus

Intenção do estudo epidemiológico é identificar o percentual de gaúchos infectados com a doença

Fred Marcovici

Pesquisadores realizarão 500 testes rápidos na população de uma série de bairros da cidade

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Uruguaiana integra o grupo de cidades gaúchas que participam de pesquisa inédita sobre o coronavírus coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). A partir deste sábado, além da aplicação de um questionário, pesquisadores realizarão 500 testes rápidos na população de uma série de bairros da cidade. A intenção do estudo epidemiológico é identificar o percentual de gaúchos infectados com a doença. 

A pesquisa, que também conta com a parceria do Governo do Estado e a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), será realizada em quatro etapas. A primeira delas acontece neste sábado e domingo, em zonas que serão sorteadas de forma aleatória cobrindo 500 residências de várias regiões da cidade, obedecendo também padrões técnicos censitários do IBGE.  

A cada residência pesquisada, um morador responderá a um questionário, com perguntas como idade, escolaridade e sintomas, além de ser submetido a um teste rápido (teste bioquímico que requer uma gota de sangue, extraída da ponta de um dos dedos).  

Os testes serão reprisados a cada duas semanas. Ao todo, serão quatro mil testes e questionários aplicados em Uruguaiana. Também integram a pesquisa as cidades de Pelotas, Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Santa Maria, Ijuí, Passo Fundo, Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul. 

Segundo a farmacêutica Raqueli Bittencourt, da Secretaria Municipal de Saúde de Uruguaiana, a pesquisa será aplicada por 25 profissionais da saúde que estão no final da graduação ou na pós-graduação. Eles estarão identificados por um crachá personalizado e uma carta de apresentação do estudo. Um telefone celular também estará à disposição da população para tirar dúvidas e confirmar o objetivo da pesquisa. 

A pessoa entrevistada terá garantido o sigilo e o direito de não querer participar do trabalho. Os testes foram disponibilizados pelo Ministério da Saúde, e a coleta de dados será realizada pela empresa Instituto de Pesquisas de Opinião (IPO).


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