Vale do Rio Pardo está em alerta contra a dengue

Vale do Rio Pardo está em alerta contra a dengue

São 28 notificações da doença na área da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, com dez casos confirmados

Otto Teche

Em Santa Cruz do Sul houve aplicação de larvicida

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A confirmação de novos casos de dengue e o aumento no número de notificações nos últimos dias no Vale do Rio Pardo elevaram o grau de atenção. Além de Santa Cruz do Sul, a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde registrou notificações dos municípios de Rio Pardo, Venâncio Aires, Mato Leitão e Vale do Sol. Um encontro com secretários municipais de Saúde incentivou a adoção de ações conjuntas para o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Na área da 13ª CRS, houve 28 notificações nas últimas semanas, sendo 22 delas apenas em Santa Cruz do Sul. Até o momento, são oito casos confirmados em Santa Cruz, um em Rio Pardo e um em Venâncio Aires. A coordenadora Mariluce Reis afirma que a situação ainda não altera a classificação de surto. “Para que seja considerada epidemia, temos de ter focos da doença em todos os bairros de um município, por exemplo”, explica. “Para evitar isso, todas as ações precisam ser realizadas, para minimizar o número de casos e evitar óbitos por dengue na região.”

A coordenadora informa que o foco principal são os cuidados contra o avanço dos casos e notificações. “A comunidade precisa evitar pontos de água parada, que favorecem o aparecimento do mosquito.” Mariluci afirma que o Estado acompanha o trabalho feito pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul e participa das ações, como aplicação do larvicida.

A Secretaria de Saúde de Santa Cruz do Sul confirmou mais três casos de dengue, verificados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen) nesta semana. Com esses, são oito registros no município neste ano. Das 22 notificações, oito foram confirmadas, cinco estão descartadas e nove aguardam pelos resultados. O prefeito Telmo Kirst sancionou a lei que regulamenta o Programa de Prevenção e Combate ao Mosquito, com penalidades mais severas para quem facilitar o surgimento de focos. Antes, o morador tinha três dias para regularizar o problema e não sofrer sanção. Agora, esse prazo deixa de existir: a pessoa receberá advertência e, se a situação persistir, em visita posterior, será multada em uma UPM (R$ 315,66).


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