Vale do Rio Pardo intensificará fiscalização para coibir aglomerações

Vale do Rio Pardo intensificará fiscalização para coibir aglomerações

Objetivo é combater o avanço do novo coronavírus

Otto Tesche

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Os prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) pretendem aumentar a fiscalização para coibir aglomerações e fazer novas ações para conscientizar a população dos cuidados necessários para conter o forte avanço da Covid-19. A medida foi decidida em assembleia por videoconferência no sábado, após o mapa preliminar de Distanciamento Controlado, divulgado na sexta-feira pelo governo, apontar a bandeira vermelha para todo o Estado pela primeira vez.

Os participantes da assembleia, no entanto, concordaram de forma unânime em não retomar restrições econômicas na região. O presidente da Amvarp e prefeito de Candelária, Paulo Butzge, afirmou que é consenso de que o comércio, a indústria, o setor de serviços e produtivo, as escolas, não são os culpados pelo aumento de casos. “Eles têm respeitado as regras, o uso da máscara, do álcool em gel, distanciamento. Os municípios têm observado a volta com força total das aglomerações, principalmente à noite. É isso que temos de atacar neste momento, com mais rigor e fiscalização, além de conscientizar a população para manter a prevenção", disse

No mês de agosto, a Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios do governo do Estado aceitou o plano de cogestão homologado pela Amvarp. Desta forma, os municípios podem seguir com as medidas referentes à bandeira laranja, mesmo com a classificação como vermelha. O presidente da Amvarp participará nesta segunda-feira de uma videoconferência com o governador Eduardo Leite e representantes das demais associações de municípios do Estado.

O médico infectologista e assessor técnico da Amvarp, Marcelo Carneiro, explicou que houve um aumento no número de casos, mas não de óbitos. A razão, segundo ele, é uma soma de fatores, como a maior testagem da população. Observou que na manhã de sábado, a ocupação dos leitos de UTI na região era de 78%, mas só 19% tinham a confirmação ou se tratavam de suspeitos por Covid-19. “Nenhuma criança internada, o que mostra que o retorno das aulas não teve impacto", afirmou.


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