Vigilância Ambiental intensifica ações em bairros de Lajeado com infestação do Aedes aegypti

Vigilância Ambiental intensifica ações em bairros de Lajeado com infestação do Aedes aegypti

No último levantamento foram inspecionados 2.066 imóveis

Correio do Povo

publicidade

A Vigilância Ambiental, setor vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (Sesa) de Lajeado, direcionará as ações de combate e prevenção ao mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, nos bairros em que o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) constatou maior nível de infestação.

Durante este segundo ciclo de 2020 do LIRAa, que ocorreu entre os dias 31 de novembro e 09 de dezembro, os agentes de endemias e os agentes comunitários de saúde realizaram a inspeção em 2.066 imóveis e coletaram 63 amostras, contendo 420 larvas de mosquitos de várias espécies. O resultado da análise laboratorial, feita pela bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental, Catiana Lanius, identificou que das 63 amostras, 25 continham larvas da espécie Aedes aegypti, sendo oito focos no bairro Santo Antônio, seis no bairro Planalto, três no Campestre, dois no Conservas. Nos bairros Montanha, Moinhos d’Água, Centenário, Morro 25, Americano e Olarias foi identificado um foco em cada.

Em comparação com os resultados do levantamento realizado no mesmo período do ano passado, quando foram encontrados nove focos, houve um aumento de 177% de focos. Para Catiana, o aumento significativo se deve às altas temperaturas, que aceleram o ciclo de vida do mosquito, e também ao descuido da população.

Com esses resultados, o município de Lajeado foi enquadrado como risco médio para transmissão de dengue, zika e chikungunya. “Isto indica que no município temos uma quantidade grande de mosquitos da espécie Aedes aegypti, o que propicia um risco médio de transmissão de doenças das quais este mosquito é vetor”, alertou Catiana.

Nas próximas semanas, os agentes de endemias realizarão visitas aos imóveis e, juntamente com o morador, inspecionarão possíveis criadouros e focos de mosquito, eliminando os que forem localizados. Além disso, orientarão sobre a importância da verificação semanal para identificação e eliminação de possíveis criadouros do mosquito no domicílio, tanto na área externa quanto interna da residência.

Além do LIRAa, a principal atividade realizada ao longo do ano pela equipe de Vigilância Ambiental são as visitas aos imóveis para desenvolver ações educativas e de controle de criadouros. Também são realizadas visitas quinzenais em pontos estratégicos, que são imóveis com grande probabilidade de contribuir para a infestação do Aedes aegypti, como, por exemplo, ferros velhos, depósitos de sucatas e borracharias.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895