Abalada por escândalo, Nissan suspende produção para Japão

Abalada por escândalo, Nissan suspende produção para Japão

Anúncio foi feito após fabricante japonesa admitir que equipes sem adequação conduziam inspeções finais em alguns veículos

AFP

Hiroto Saikawa, CEO da Nissan Motors, em conferência sobre a decisão

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A Nissan anunciou nesta quinta-feira que vai suspender toda a produção destinada ao mercado japonês, enquanto lida com um escândalo de inspeção crescente que já levou ao "recall" cerca de 1,2 milhão de veículos. O anúncio foi feito semanas após a segunda maior fabricante japonesa admitir que equipes sem autorização adequada conduziam as inspeções finais em alguns veículos destinados ao mercado doméstico, antes que fossem enviados para as concessionárias.

Nesta quinta, ela disse que um terceiro investigador descobriu que a prática continuou em três das seis fábricas japoneses, mesmo após a tomada de medidas para encerrar a crise. O presidente culpou "velhos hábitos".  "Você poderia dizer que é fácil parar pessoas que não deveriam inspecionar de fazê-lo", disse o presidente da Nissan, Hiroto Saikawa, em coletiva de imprensa nesta quinta. "Mas estamos tendo que tomar (novas medidas) a fim de interromper velhos hábitos que fizeram parte das operações rotineiras nas fábricas". "O que é necessário é fazer nossas pessoas perceberem que o que eles achavam que era ok, na verdade, é ruim".

Neste mês, a Nissan anunciou o "recall" de cerca de 1,2 milhão de veículos produzidos e vendidos no Japão em 2014 e 2017 para reinspeção, após funcionários do governo descobrirem que algumas inspeções finais estavam sendo feitas por equipe não certificada para essa atividade. A Nissan produziu 1,015 bilhão de carros no Japão no seu último ano fiscal, até março, com cerca de 400 mil unidades vendidas no país.

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