Banco Mundial reduz em 0,7% previsão de avanço da economia brasileira em 2019

Banco Mundial reduz em 0,7% previsão de avanço da economia brasileira em 2019

Instituição estimou crescimento de 1,5% para o ano

Correio do Povo, Agência Brasil e AFP

Projeção de crescimento da economia da América Latina e Caribe também foi reduzida neste ano

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O Banco Mundial reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira. De acordo com o Relatório de Perspectivas Econômicas Global, divulgado nessa terça-feira, a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano, foi reduzida em 0,7%, passando para 1,5%. A previsão anterior, de janeiro, era de 2,2%. Para 2020, a estimativa subiu 0,1%, alcançando 2,5%. Para 2021, houve diminuição de 0,1%, passando para 2,3%.

"A recuperação regional será impulsionada predominantemente pelo consumo privado, enquanto a inflação se mantém moderada e a confiança retorna e, em 2020-21, por uma recuperação do investimento. No entanto, as perspectivas de crescimento para 2019 e 2020 foram rebaixados, refletindo atividade mais fraca que o esperado no Brasil e México, mas também nas economias menores", diz o relatório.

A projeção de crescimento da economia da América Latina e Caribe também foi reduzida neste ano. A previsão caiu 0,4% para 1,7%. O crescimento da região deve chegar a 2,5% em 2020 e 2,7%, em 2021. A previsão para o próximo ano foi reduzida em 0,2%e a de 2021 permaneceu estável em relação a estimativa divulgada pelo Banco Mundial em janeiro. De acordo com o documento, a redução “reflete as condições complicadas enfrentadas por várias das grandes economias".

Com relação ao México, a entidade prevê expansão de 1,7%, 0,3% a menos do que o previsto em janeiro. A Argentina, por sua vez, ainda está em recessão, com uma contração prevista de 1,2%, embora este valor seja 0,5% a mais do que o previsto em janeiro. Em contraste com este cenário, destaca as projeções para a Colômbia, onde a instituição espera uma “expansão sólida” de 3,5%. Devido à falta de dados, o Banco Mundial informou ter parado de emitir projeções sobre a Venezuela, que vive uma profunda crise política, econômica e institucional.

Redução generalizada

O Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento para a economia global em 2019 devido a tensões comerciais, preocupações nos mercados financeiros e uma desaceleração mais acentuada do que a esperada em várias economias avançadas. De acordo com as projeções da instituição, o crescimento mundial deverá desacelerar para 2,6% neste ano, 0,3% abaixo do projetado em janeiro, para atingir 2,7% em 2020, patamar também 0,1% abaixo do calculado pela instituição em seu relatório publicado no início deste ano.

A instituição espera uma recuperação modesta nos próximos dois anos, de acordo com os dados de suas previsões semestrais, que contam com uma melhora no panorama global. A instituição espera que o crescimento na América Latina e no Caribe, com exceção da Venezuela, seja de 1,7% em 2019, um recuo frente à projeção de expansão de 2,1% feita em janeiro.

O Banco Mundial manteve inalteradas as projeções de crescimento para os Estados Unidos, de 2,5% este ano, mas reduziu drasticamente o crescimento da zona do euro, para 1,2%, uma redução de 0,4%. O crescimento global poderá ser ainda mais prejudicado, uma vez que essas previsões foram feitas antes do anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas sobre as importações do México.

Essas novas previsões também são mais pessimistas do que as apresentadas pelo Fundo Monetário Internacional em seu último relatório sobre a economia mundial publicado em abril, no qual alertou sobre a desaceleração e os temores sobre o futuro do comércio. David Malpass, o novo presidente do Banco Mundial e ex-delegado do governo Trump nas negociações comerciais com a China, disse a jornalistas que o crescimento é “frágil” e que as perspectivas ameaçam a luta contra a pobreza no mundo.


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