BC inicia reunião que deve elevar taxa de juros pela 12ª vez seguida

BC inicia reunião que deve elevar taxa de juros pela 12ª vez seguida

Se confirmada, nova variação estimada de 0,5 ponto percentual da Selic levará os juros ao maior patamar desde o fim de 2016

R7

Definição deve ocorrer nesta semana

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O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) começa nesta terça-feira (2) a reunião que vai definir o novo patamar da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Se as expectativas do mercado financeiro forem confirmadas, o veredito vai elevar a Selic pela 12ª vez seguida e a taxa básica alcançará 13,75% ao ano, o maior patamar desde o fim de 2016.

Nesta terça, o presidente do BC (Banco Central), Roberto Oliveira Campos, e os oito diretores da autoridade monetária realizam apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.

O encontro terá a análise de cenários e da conjuntura econômica. Amanhã (3), o comitê projeta as possibilidades futuras e define a nova Selic. A decisão a respeito dos novos juros será anunciada após as 18h30, e ficará vigente por ao menos 45 dias, quando os diretores do BC voltam a se encontrar para discutir novamente a conjuntura econômica nacional.

No último encontro, quando aumentou a Selic para 13,25% ao ano, o Copom afirmou que a decisão tem o objetivo de conter a inflação, atualmente a caminho de fechar 2022 acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo. Também ficou sinalizado o novo salto dos juros básicos a 13,75% ao ano neste mês.

Juros básicos

A taxa Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado. A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando os juros básicos caem, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.


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