Bolsa cai e dólar sobe após primárias argentinas

Bolsa cai e dólar sobe após primárias argentinas

Agitação política no país vizinho também teve reflexos no Brasil, onde divisa americana fechou próxima dos R$ 4

Correio do Povo

Forte alta do dólar na Argentina teve reflexos também no Brasil

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O dia seguinte às prévias das eleições argentinas acabou sendo de perdas no mercado financeiro. No Brasil, o índice Ibovespa fechou com queda de 2%. O dólar comercial terminou o dia cotado a R$ 3,982 na compra e R$ 3,983 na venda, em uma variação de 1,09%. 

Cumprindo agenda no Rio Grande do Sul nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou os resultados no país vizinho. Em Barra do Ribeiro, ele reforçou a projeção de um cenário de crise na fronteira no caso de uma derrota do atual presidente argentino, Maurício Macri. “Não queremos nossos irmãos argentinos fugindo de lá, como aconteceu com a Venezuela”, afirmou.

“Comparei o Rio Grande do Sul a Roraima caso se configure a eleição da ‘turma da Cristina Kirchner’ aqui no Sul. Só hoje, a bolsa caiu 10%, e o dólar subiu 30%. Quer recado mais claro que isso?”, questionou. Segundo ele, “o mercado do mundo não admite mais o socialismo”. 

Argentina

Em Buenos Aires, a divisa norte-americana chegou a abrir o dia com alta de 30%, mas terminou a segunda-feira em 18%, valendo 57,30 pesos, após intervenções do Banco Central argentino, que colocou US$ 105 milhões no mercado por meio de três licitações. Ao longo do dia, algumas casas de câmbio desligaram seus letreiros e, em alguns momentos, os sites de bancos saíram do ar. 

A incerteza fez a Bolsa de Buenos Aires despencar. Na sexta, ela tinha subido 8%, demonstrando otimismo. Nesta segunda, a queda foi de até 34%, chegando a 46% para algumas ações. 

O presidente Maurício Macri, em coletiva na Casa Rosada, atribuiu a derrota à insatisfação popular gerada pelo “duro processo econômico que tivemos que encarar a herança que recebemos, que era muito difícil”. Para ele, as eleições de outubro será uma oportunidade de demonstrar que “a mudança segue” e afirmou que o “kirchnerismo não tem a confiança do mundo”. 

Vencedor do pleito desse domingo, Alberto Fernandez ligou à forte instabilidade a Macri: “É o que acontece quando um governo mente sobre o rumo da economia”, disse. Visto com desconfiança pelos mercados, Fernandez – que tem como candidata a vice, a ex-presidente Cristina Kircher – venceu as prévias por 47% a 32%.  A diferença é quase impossível de ser superada no pleito de 27 de outubro. O resultado garantiria a ele a vitória em primeiro turno. 


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