Bolsa sobe 1,23% e rompe pela 1ª vez a barreira dos 106 mil pontos
Recorde alcançado deve-se às altas em Nova York e à perspectiva de votação da reforma da Previdência em 2º turno do Senado
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O Ibovespa, índice com as ações mais negociadas na bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira, em sua máxima histórica, aos 106.022 pontos. Quebra-se, assim, uma expectativa que vinha desde de 10 julho, quando o último recorde havia sido alançado, em 105.817 pontos.
A alta de 1,23% desta segunda-feira deve-se basicamente a fatores externos, com a alta registrada em Nova York, apimentados pela perspectiva de votação da reforma da Previdência, nesta terça-feira, em segundo turno do Senado.
Mesmo assim, a crise interna do PSL injetou alguma cautela no mercado, com novas listas a favor e contra a permanência de Delegado Waldir (PSL-GO) na liderança do partido na Câmara. A "batalha das listas", como se está chamando o episódio, ganhou novo episódio no meio da tarde, quando a Câmara dos Deputados oficializou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, como líder do partido na Casa. Ele recebeu o apoio de 28 dos 53 parlamentares da legenda - a lista original tinha 29 nomes, mas um não foi aceito. Deputados contrários ao filho do presidente e alinhados a Luciano Bivar, presidente do PSL, prometem contra-atacar.
Dólar
A cautela quanto a crise do PSL se refletiu no câmbio, com a alta do dólar ante o real. A moeda americana terminou o dia cotada a R$ 4,13, alta de 0,29%.
Bolsa
No noticiário corporativo, destaque para a Petrobrás, que subiu com a notícia de que a companhia se organiza para fazer ofertas no leilão do pré-sal. Vale e CSN também subiram, a primeira por causa das expectativas positivas para o balanço, que sai na quinta-feira, e a última com operadores zerando posições vendidas.
No setor de educação, a Yduqs teve alta após adquirir a Adtalem, operação vista como positiva por analistas.
No exterior, destaque para os contratos futuros de petróleo, que caíram com o pedido de autorização da China à Organização Mundial do Comércio (OMC) para taxar os Estados Unidos, e com um possível acordo entre sauditas e o Kuwait para produzir a commodity.
Brexit
Em geral, o mercado teve tom positivo, e seguiu monitorando as conversas para um acordo comercial entre China e Estados Unidos e os desdobramentos do Brexit.
O presidente da Câmara dos Comuns britânica, John Bercow, decidiu que a Casa não analisaria hoje o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia. No entanto, as bolsas europeias fecharam em alta com a consolidação da percepção de que um Brexit sem acordo está cada vez mais distante. As bolsas de Nova York também fecharam em terreno positivo.