Bolsa tem queda de 1,73% e dólar vai a R$ 5,49

Bolsa tem queda de 1,73% e dólar vai a R$ 5,49

Deterioração de contas públicas e rumores sobre saída de Guedes prejudicaram mercado

AE

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Temores com a evolução das contas públicas voltaram a dar o tom desta segunda-feira no mercado financeiro. O dólar, que chegou a bater em R$ 5,51, fechou cotado a R$ 5,49, o que representou uma alta de 1,3%. Este é o maior valor para a moeda norte-americana desde 22 de maio (R$ 5,57). Já o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo teve queda de 1,73%, na casa dos 99,595 mil pontos. Na mínima do dia, o Ibovespa bateu em 98.513 pontos.

 

O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, termômetro do chamado risco-País, acompanhou o nervosismo do mercado e foi a 230 pontos - nível do fechamento de sexta-feira, de acordo com cotações da IHS Markit.

 

A cautela dos investidores tem a ver com os sinais de maior deterioração das contas públicas (mais informações nesta página) e de que parte dos integrantes do governo defendem o fim do teto de gasto - mecanismo que limita as despesas do governo à inflação. O próprio presidente Jair Bolsonaro tem dado declarações contraditórias sobre o tema, ora dizendo que isso está mesmo sendo avaliado ora ressaltando que o governo vair respeitar o teto.

Segundo executivos de mercado, rumores de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, poderia deixar o cargo também pesaram nos negócios. Desde o início do governo, Guedes já perdeu cinco integrantes do primeiro escalão da sua equipe - parte dessas saídas coincidindo com a maior pressão para o aumento de gastos. "Mas, por enquanto, são só rumores, uma vez que, se fosse verdade, as coisas no mercado estariam muito piores", afirmou Paulo Sabat, gestor da mesa de Derivativos da Necton Investimentos. "No entanto, o mercado aguarda algum pronunciamento, seja do Bolsonaro,, seja do próprio Guedes, como ele fez no início deste ano, quando ocorreu rumor semelhante", afirmou Sabat.

 

Fernanda Consorte, economista-chefe da Ouroinvest, afirmou que o rumor sobre a saída do ministro estava forte já no final de semana e é agravado pela forma como Bolsonaro tem se comunicado, com vaivém constante nas declarações a respeito do seu comprometimento com o controle das contas públicas. "Cada hora tem declaração que faz pairar dúvidas. Parece mesmo que gostou de ver que a expansão fiscal deu resultado na sua popularidade, mesmo que isso possa levar a desfechos ruins mais à frente."

 

 


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