Brasil tem oportunidade de migração para o digital, diz secretário do Ministério da Economia

Brasil tem oportunidade de migração para o digital, diz secretário do Ministério da Economia

Paulo Uebel disse que novas plataformas foram criadas para simplificar o acesso a serviços públicos

Felipe Samuel

publicidade

Com o desafio de promover a transformação digital do estado brasileiro e facilitar o acesso a serviços oferecidos à população, o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, afirmou hoje, em reunião virtual da Câmara Brasil-Alemanha no RS, que o Brasil tem oportunidade histórica para fazer 'os brasileiros migrarem para o digital'. Durante o período de pandemia do novo coronavírus, novas plataformas foram criadas para simplificar o acesso a serviços públicos, como os sites para consultas sobre o andamento e liberação do auxílio-emergencial.

Ao afirmar que o país tem a quarta maior população 'conectada', com 134 milhões de pessoas (74% da população), Uebel destaca que 3.627 serviços foram mapeados, com mais de 58% digitalizados. Entre as melhorias dos canais digitais, o secretário frisa o atendimento do INSS por meio de plataforma digital. "No ano passado, em maio, 90% dos pedidos do INSS entravam pelos canais físicos, as agências, e apenas 10% por canais remotos, como celular, internet, telefone. Fizemos aceleração da transformação digital do INSS e agora 90% dos serviços foram levados para o digital. Em seis meses se inverteu a curva, com 10% dos pedidos feitos em agências e 90% por canais remotos", compara.

Uebel relata que mesmo pessoas mais velhas ou que estão na base da pirâmide fazem essa migração porque oferece 'muito mais conforto'. No período de pandemia da Covid-19, ele garante que 32 serviços migraram para canais digitais. Na avaliação do secretário, essas mudanças representam melhores soluções, mais transparência e o reforço de políticas centradas no cidadão, além de resultar em economia estimada de R$ 2 bilhões ao ano. Para resolver a burocracia para abertura e fechamento de empresas, o governo também pretende simplificar o processo e reduzir o tempo para quem deseja abrir ou fechar um negócio. "O objetivo é que em menos de um ano a pessoa vai conseguir fechar sua empresa", justifica.

Uebel afirmou que é preciso repensar o estado brasileiro 'para poder servir melhor à sociedade' pelos próximos 20 anos e garantiu que, mesmo durante a pandemia, existem 218 milhões de empresas ativas no país. E avaliou que o governo tem o desafio de retomar a economia. "Tivemos ao longo do ano passado avanços importantes, como a reforma da previdência, mas não foi suficiente. Precisamos fazer mais reformas estruturais", destaca. Presidente da Câmara Brasil-Alemanha no RS, Marcus Coester destacou critico o chamado custo-Brasil, que impede maiores investimentos no país e destacou a Lei de Liberdade econômica.

O cônsul-geral da Alemanha, Thomas Schmitt citou as medidas adotadas pela Alemanha para superar a crise econômica em decorrência do novo coronavírus. "Na Alemanha tivemos meses difíceis, mas as autoridades conseguiram dominar a taxa de infecção contendo o crescimento exponencial da doença. O vírus não desapareceu, mas diminuiu bastante", frisa. Schmitt afirma que as soluções encontradas pelo país europeu para conter o avanço da doença se concentraram no reforço da economia, com injeção de bilhões de euros.

Ele alerta, no entanto, que a situação fiscal na Alemanha 'estava boa', pois o país havia reduzido dívidas. Mesmo assim, houve subsídios a trabalhadores que tiveram carga horária reduzida. "As condições para combater a crise na saúde e a recessão foram mais favoráveis do que aqui (Brasil). Mesmo assim a Alemanha está passando pela pior crise econômica desde a segunda guerra mundial", assinala.
 


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895